A China anunciou nesta quinta (23) que retomará as importações de carne bovina brasileira com menos de 30 meses de idade, suspensas desde 23 de fevereiro, após a identificação de um caso atípico da “doença da vaca louca”. Segundo a Administração Geral de Alfândega daquele País, a retomada ocorre imediatamente e está em conformidade com as leis e regulamentos para garantir a segurança e a saúde dos consumidores chineses.
retomada das vendas ocorre um dia após a chegada do ministro da Agricultura brasileiro, Carlos Fávaro, em Pequim, antes da visita do presidente Lula, programada para o próximo domingo. Lula irá acompanhado de uma delegação de 240 representantes empresariais, sendo 90 do setor agrícola.
O Brasil também pretende renegociar os protocolos sanitários com a China, que atualmente preveem a suspensão imediata e voluntária das exportações da carne bovina brasileira em caso de identificação de EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina), mesmo sendo um caso atípico. Os produtores de carne bovina no Brasil perdem até US$ 25 milhões por dia com o embargo.
Cerca de 62% das exportações brasileiras de carne bovina tiveram como destino a China no ano passado. Com a retomada das importações, a Administração Geral das Alfândegas irá implementar inspeção e quarentena para garantir que os produtos atendam aos requisitos de segurança e saúde.
Após a detecção do caso atípico da doença da vaca louca no Pará, o Brasil suspendeu voluntariamente a venda de carne bovina para a China, mas especialistas realizaram uma avaliação de risco no sistema brasileiro de prevenção e controle da doença da vaca louca. Em 2 de março, foi confirmado que a doença detectada no animal de nove anos no município de Marabá surgiu de forma espontânea no organismo do animal, sem risco de disseminação no rebanho nem ao ser humano.
Da Redação, com Infomoney e Estadão
