O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), das Nações Unidas, divulgado recentemente, alerta para a insuficiência das medidas tomadas até agora pelos países para lidar com as mudanças climáticas. Diante disso, a secretária Nacional de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Ana Toni, destacou que o combate ao desmatamento deve ser a prioridade do Brasil para a mitigação dessas mudanças.
Segundo a secretária explicou, o combate ao desmatamento é a medida mais importante para a mitigação das mudanças climáticas. Ela ressalta que o desmatamento não só causa a liberação de gases de efeito estufa na atmosfera, mas também afeta a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos que a floresta oferece. Além disso, a eletrificação de ônibus e pequenos caminhões urbanos também pode reduzir as emissões de carbono.
A eletrificação dos transportes, assim como a redução do desmatamento, é uma das medidas recomendadas pelo IPCC para mitigar as mudanças climáticas. No entanto, a secretária destaca que essas medidas devem ser adotadas de forma integrada com outros setores, como agricultura e indústria.
“Não adianta a gente fazer só energia renovável, eletrificar transporte e não olhar para a agricultura, para os resíduos sólidos, para a indústria. É preciso ter um olhar integrado, porque as mudanças climáticas afetam todos esses setores”, enfatizou Ana Toni.
Além disso, a secretária aponta que é importante que as medidas de mitigação das mudanças climáticas tragam benefícios para a saúde e para a economia. O reflorestamento, por exemplo, é uma medida que além de contribuir para a mitigação das mudanças climáticas, também pode gerar empregos e melhorar a qualidade de vida das pessoas.
No entanto, é importante ressaltar que a redução do desmatamento não é uma tarefa fácil. É necessário que haja uma forte atuação dos órgãos governamentais, como o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente, para coibir a ação de desmatadores ilegais e garantir o cumprimento das leis ambientais.
Por fim, a secretária reforça a importância da atuação conjunta de governos, empresas e sociedade civil para enfrentar as mudanças climáticas. “As mudanças climáticas são um desafio global que requer ação coletiva. Todos nós temos um papel a desempenhar na construção de um futuro mais sustentável e habitável”, concluiu Ana Toni.
Em resumo, a luta contra o desmatamento é fundamental para mitigar as mudanças climáticas. Para isso, é necessário adotar medidas integradas que envolvam diferentes setores da economia e que gerem benefícios para a saúde e a economia. É importante que governos, empresas e sociedade civil atuem de forma conjunta para enfrentar esse desafio global.