20/03/2023 às 19h00min - Atualizada em 20/03/2023 às 19h00min

IEA: Produtor paulista recebeu +2,15%, em média, por seus produtos em fevereiro

São Paulo, 20/03 - O produtor do Estado de São Paulo recebeu 2,15% mais por suas safras e proteína animal em fevereiro em relação a janeiro, apontou levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que calcula o Índice de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR). Separadamente, o preço dos produtos de origem vegetal, calculados no IqPR-V, subiu 0,84% e o dos produtos de origem animal (IqPR-A) avançou expressivos 5,56% em fevereiro ante janeiro. O IEA relata, ainda, em nota, que, no acumulado de 12 meses, os produtores paulistas receberam 2,57% a mais, em média. De fevereiro de 2022 a fevereiro de 2023, enquanto os índices IqPR e IqPR-V acumulados apresentaram reajustes positivos de +2,57% e +3,54%, respectivamente, o índice dos produtos de origem animal (IqPR-A) caiu -0,26% nos últimos 12 meses. Com a ausência da cana-de-açúcar, principal produto na formação dos índices, que subiu +0,63%, IqPR e IqPR-V sem cana avançaram com mais intensidade, atingindo, respectivamente, +3,28% e +1,13%. Segundo o IEA, os produtos que mais subiram de preço em fevereiro foram os ovos (+22,4%), carne suína (+13,05%), café (+11,83%) e laranja para mesa (+11,66%). Em relação aos ovos, a alta ocorreu por causa da queda de produção decorrente do descarte de plantéis. O avicultor foi obrigado a se desfazer das aves em razão dos altos custos de produção - e, além disso, no período de Quaresma, o consumo de ovos aumenta, em detrimento das carnes, o que também serviu para impulsionar os preços. Para a carne suína, o IEA explica que o encolhimento do rebanho, também atrelado ao achatamento da relação de troca insumo/produto, colocou à disposição no mercado menos animais terminados, o que provocou a subida dos preços em 13,05% no comparado de janeiro e fevereiro. No caso do café, a alta de preços ocorreu "num ambiente de restrição de oferta no mercado físico (entressafra) e retração dos produtores para a venda (esperando preços melhores)". Em relação à laranja para mesa, o IEA explica que o houve maior direcionamento da fruta para as indústrias do suco, diminuindo assim a oferta para a mesa. Os produtos agropecuários que caíram de preço em fevereiro ante janeiro foram, pela ordem decrescente, batata (-10,85%) e feijão (-4,16%). "Para a batata, mesmo com a oferta pouco significativa em terras paulistas, o montante disponível do produto nos outros Estados direcionou os preços de fevereiro para valores menores em 10,85%", descreve o instituto. "No caso do feijão, com o pico da safra das águas (1ª safra), aumenta-se a quantidade colocada em negociação pelos produtores, reduzindo os valores cotados pelo produto." No acumulado de 12 meses, houve alta em 11 dos alimentos participantes do levantamento e queda de preços em 5, sendo que a batata não teve base de comparação em fevereiro de 2022. "No mesmo período, o IqPR variou positivamente em 7 meses", diz a nota. "No que se refere ao indicador de produtos de origem vegetal (IqPR-V), as altas acumuladas de arroz (+34,93%), laranja para indústria (+30,21%) e amendoim (+29,20%) se destacaram no período em análise." Para os produtos de origem animal, sobressaíram-se as seguintes altas de preços: carne suína (+36,61%), ovos (+23,29%) e leite cru refrigerado (+20,98%). "Entretanto, enfatiza-se que a queda em -16,88% dos preços da carne bovina (produto animal de maior peso na economia) influenciou na diferença negativa do índice das proteínas."

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://canalpecuarista.com.br/.