Os preços da arroba do boi gordo no mercado nacional continuam em queda desde o final de fevereiro, quando a China suspendeu os embarques de carne devido ao registro do caso de “mal da vaca louca”. Enquanto isso, os preços da carne no mercado atacadista da Grande São Paulo permanecem firmes.
Até o dia 14 de março, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (mercado paulista) registrou uma média de R$ 274,48 a arroba, enquanto a carcaça casada foi comercializada no atacado por R$ 284,85, o que significa uma diferença de R$ 10,37 por arroba a favor da proteína. Essa é a maior diferença entre os preços do boi gordo e da carne desde outubro de 2021, quando ocorreu a suspensão dos envios da proteína para a China.
No caso dos suínos, a queda nas cotações do animal vivo tem reduzido o poder de compra do suinocultor paulista em relação aos principais insumos da atividade, o milho e o farelo de soja. A pressão sobre os preços do animal é resultado do enfraquecimento da demanda pela indústria por novos lotes de suínos para abate.
Na terça-feira, 14, os suinocultores da região de Campinas (SP) conseguiram adquirir 5,26 quilos de milho com a venda de um quilo de suíno, o que representa uma queda de 0,7% em relação à semana anterior. Quanto ao farelo de soja, o produtor pode comprar 2,71 quilos do derivado com a venda de um quilo de suíno, o que significa uma retração de 0,8% em relação ao volume da terça anterior.
Arroz
As exportações de arroz, que estão firmes, devem continuar influenciando os valores domésticos do cereal em 2023. Além disso, a tendência de redução da oferta no campo e a demanda interna também devem ser fundamentais para o comportamento dos preços no mercado brasileiro.
Considerando-se o produto em casca, os embarques mensais de arroz estão acima de 100 mil toneladas desde junho de 2022, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O Indicador CEPEA/IRGA-RS, 58% de grãos inteiros (média ponderada), tem se mantido em torno de R$ 85,00 a saca de 50 kg nos últimos dias.
Os produtores estão firmes, demandando que o preço nas principais regiões produtoras do cereal no Rio Grande do Sul esteja alinhado, pelo menos, à paridade de exportação.
Da Redação, com Cepea