Sete secretários estaduais de agricultura brasileiros solicitaram a criação de um comitê de crise da gripe aviária ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), segundo nota da Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Espírito Santo (Seag).
O Comitê de Crise da Influenza Aviária se concentraria em estabelecer estratégias conjuntas contra a doença, garantindo recursos financeiros para detecção precoce e resposta rápida em caso de surto. O grupo contaria com a participação do Mapa e representantes das Agências Executivas de Saneamento Agropecuário dos estados (Oesa).
A reunião entre os secretários de Agricultura do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais aconteceu entre os dias 1º e 3 de março, no Rio de Janeiro.
"Devido à gravidade e virulência dessa doença, temos que estar unidos, governos estaduais e União, para tomar todas as precauções possíveis para evitar a entrada da gripe aviária na produção avícola nacional, arranjo produtivo responsável pelo fornecimento de animais de baixo custo proteína não só para os brasileiros, mas também para diversos países que se beneficiam com a nossa produção avícola", disse o secretário de Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli.
Os sete estados que assinaram o documento abrigam mais de 90% das aves comerciais do país. A influenza aviária nunca foi detectada no Brasil, mas está presente em várias regiões do mundo, incluindo países vizinhos da América do Sul, como Uruguai e Argentina.
Embora o Brasil ainda não tenha relatado nenhum caso, as autoridades estão tomando precauções e colaborando com a indústria avícola local para educá-los sobre a importância das medidas de biossegurança na prevenção da doença.
São Paulo possui cerca de 280 a 300 empresas de criação de aves, geograficamente espalhadas por todo o estado, sendo que a produção de galinhas poedeiras comerciais está concentrada nas regiões de Bastos e Guatapará, enquanto a produção de frango ocorre em regiões como Botucatu e Itapetininga.
O plano de vigilância do estado consiste no monitoramento ativo de galinhas, codornas, patos e outras aves, bem como na comunicação de qualquer suspeita da doença aos órgãos locais.
Da Redação, com CarneTec
