05/08/2021 às 15h00min - Atualizada em 05/08/2021 às 15h00min

Oi apresenta V.tal, marca de fibra ótica com previsão de aporte de R$ 30 bi em até 5 anos

A Oi apresentou a nova marca para a empresa que concentra seus ativos de fibra óptica: a V.tal. Até hoje, a companhia — cujo controle foi arrematado por fundos do BTG Pactual e pela Globenet Cabos Submarinos em 7 de julho — era conhecida como InfraCo.

Diretor comercial da V.tal, Pedro Arakawa, confirmou em coletiva de imprensa on-line nesta quinta-feira (05) que a previsão de investimentos da empresa para os próximos quatro a cinco anos é de R$ 30 bilhões. A meta da empresa de rede neutra é alcançar 32 milhões de casas passadas até 2025. O número se refere aos domicílios em que o serviço de FTTH (fibra até a casa do cliente) da Oi poderá ser contratado.

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Já em operação comercial, a V.tal “nasce” com 260 contratos entre serviços de atacado e rede neutra. A base ativa de clientes da empresa abrange inicialmente 2,5 milhões de residências conectadas (consumidores pagantes) e 12 milhões de casas passadas.

O diretor comercial da V.tal disse que a empresa de rede neutra cobrará de seus clientes uma “mensalidade” por domicílio ou pequenos negócios conectados. “Essa precificação tem duas diferenças. Se tem instalação na casa do cliente feita pela V.tal, ela tem um determinado preço. Se não tem, se o provedor regional ou a operadora contrata a V.tal para ir até o poste, ela te cobra um preço um pouco inferior”, explicou Arakawa.

Venda do controle

O diretor-presidente da Oi, Rodrigo Abreu, informou que espera submeter ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nos “próximos dias” o pedido de anuência concorrencial e regulatória para operação de venda do controle da V.tal ao BTG Pactual e à Globenet Cabos Submarinos.

“Estamos trabalhando em detalhes finais de anexos de contrato e em toda a documentação que precisa ser submetida, o que naturalmente só poderia ocorrer após a declaração da proposta como vencedora, a homologação da proposta como vencedora. E essa é exatamente a fase na qual nós estamos agora: acertando os últimos detalhes de documentação e anexos para essa submissão. Ela deveria acontecer de maneira muito rápida, de fato, ao longo dos próximos dias”, explicou Abreu, durante a conversa com jornalistas.

O executivo esclareceu que, mesmo com a criação da V.tal, a Oi continuará responsável por atender futuras obrigações regulatórias de expansão da sua infraestrutura. “Em relação às futuras obrigações, a Oi permanece com todas as suas obrigações. Então a responsável pelo atendimento das obrigações é a Oi. Se a Oi atende isso diretamente ou através da contratação de meios de terceiros, essa é uma decisão da companhia. Obviamente que em alguns casos vai fazer sentido usar a infraestrutura que já existe para poder fazer essas ampliações”, explicou.

Compromisso arbitral

A Oi espera que a assinatura de um compromisso arbitral com a Anatel ocorra “muito rapidamente”, segundo Abreu. A operadora de telecomunicação já deu entrada num pedido de arbitragem junto à agência reguladora para tratar de temas como o equilíbrio econômico-financeiro da concessão e o saldo do Programa Geral de Metas de Universalização (PGMU) favorável à União.

"Já se assinaram compromissos arbitrais com as duas outras operadoras [Claro e Telefônica]. O nosso, como é o maior, o mais complexo, ele também deveria acontecer na sequência. Nós esperamos que essa assinatura de compromisso arbitral seja feita muito rapidamente", disse o executivo.

Fundos do BTG Pactual e a Globenet Cabos Submarinos terão o controle da V.tal assim que operação de aquisição de 57,9% do capital da empresa for aprovada pelas autoridades.

“Até a conclusão da operação, que só pode acontecer depois das aprovações regulatórias e concorrenciais, existe essa governança separada, essa operação separada, mas a empresa continua a ser controlada pela Oi”, esclareceu o diretor-presidente da operadora em recuperação judicial.

O presidente-executivo (CEO) da V.tal ainda não foi escolhido. “Para que se possa fazer o apontamento de um novo time executivo completo, incluindo o CEO, isso só vai acontecer depois que o controlador novo [...] assuma a operação”, pontuou Abreu.

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