09/02/2023 às 10h57min - Atualizada em 09/02/2023 às 10h58min

Em janeiro, Brasil aumenta as exportações das carnes bovina, suína e de frango

A expectativa para as exportações de carne bovina para 2023 começam a se confirmar. As vendas da cadeia da pecuária ao mercado internacional devem seguir registrando bom desempenho.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), de janeiro de 2023, o volume de carne bovina in natura exportado pelo Brasil somou 160,1 mil toneladas, um recorde para o mês e deve se manter.

Além da manutenção das vendas para a China, os Estados Unidos é um importante comprador da carne brasileira, e novas plantas brasileiras foram habilitadas para exportar carne bovina à Indonésia.
A valorização do dólar frente ao Real pode diminuir o bom desempenho das exportações ao longo do ano. A moeda norte-americana enfraquecida tende a reduzir a competividade da carne brasileira no mercado internacional.

Suínos

As exportações de suínos, totalizaram 89,2 mil toneladas em janeiro deste ano. O saldo supera em 19,6% o total embarcado no primeiro mês de 2022, quando embarcamos 74,6 mil toneladas. Estão incluídos os produtos in natura e os processados. Os dados são da Associação dos Produtores de Proteína Animal (ABPA).

As receitas com as exportações são de US$ 212,4 milhões neste ano. Um desempenho 32,1% superior ao registrado em janeiro do ano passado, com entrada de US$ 160,7 milhões.

Entre os principais destinos das exportações de carne suína, a China segue na liderança, com 41,6 mil toneladas, volume 32,5% superior ao registrado no mesmo período de 2022, com 31,4 mil toneladas.

Outros destaques foram Hong Kong, com 7,1 mil toneladas (+5,5%), Chile, com 6,5 mil toneladas (+53%) e Singapura, com 4,7 mil toneladas (+37,7%).

“As elevações dos embarques para a China e Hong Kong atestam a permanência da demanda por produtos brasileiros no maior mercado consumidor de carne suína do planeta, mantendo o comportamento verificado no segundo semestre de 2022 e que deve se manter em 2023”, diz o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

Além do maior mercado do mundo, seguem as vendas para “o Chile, que já estão em alta, que devem ganhar ainda mais força ao longo do ano, com o recente reconhecimento, pelas autoridades chilenas, do Rio Grande do Sul como área livre de aftosa sem vacinação. Há, também, expectativa sobre o efeito das vendas brasileiras de carne suína para o México e a consolidação do mercado canadense, dois dos mais importantes mercados importadores da proteína animal no mundo, que foram abertos recentemente”, explica.

As exportações brasileiras de carne de frango, superaram os embarques em janeiro de 2022 em 20,6%, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Produtos processados e in natura exportados totalizaram 420,9 mil toneladas. O número é um novo recorde para o mês. Em janeiro de 2022, as exportações foram de 349,1 mil toneladas.

As receitas com a exportação no primeiro mês do ano foram de 856,6 milhões de dólares. Volume 38,9% superior ao alcançado em janeiro de 2022, quando entraram US$ 616,9 milhões.

Frangos

Principal destino das exportações da carne de frango do Brasil, a China importou 60,2 mil toneladas em janeiro, número 24,7% maior do que o registrado no mesmo período de 2022, com 48,3 mil toneladas.

Destaques para o Japão, com 37,7 mil toneladas (+23,1%), Arábia Saudita, com 32,4 mil toneladas (+111,3%), África do Sul, com 29,5 mil toneladas (+15,7%) e União Europeia, com 21,8 mil toneladas (+20,4%).

“Houve incremento das vendas em praticamente todos os grandes destinos das exportações avícolas do Brasil. O contexto internacional, com oferta pressionada, entre outros motivos, pelas consequências geradas pela Influenza Aviária em diversos territórios, aumentaram a demanda pelo produto brasileiro”, diz o diretor de mercado da ABPA, Luís Rua.

Em sua análise, ele acrescenta que “apesar da elevação da receita em dólares, há ainda forte pressão dos custos de produção sobre os produtos, o que poderá influenciar o comportamento das vendas em dólares nos próximos meses”, conclui.

Da Redação, com ABPA, Notícias Agrícolas e com Cepea

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