A suplementação mineral tem se destacado como ferramenta necessária para melhorar o desempenho produtivo e reprodutivo do gado, reduzir as condições de estresse e, principalmente, minimizar os custos da nutrição na atividade pecuária, o que representa um desafio para o produtor. Não por acaso, a gestão da alimentação animal tem um papel importante no sucesso ou fracasso do negócio.
Considerando que a qualidade das pastagens brasileiras não atende as necessidades nutricionais do rebanho, a Responsável Técnica da Minerthal, Letícia de Souza Santos, analisa que complementar a dieta com suplemento mineral é uma estratégia para aumentar o ganho de peso diário dos animais. Na opinião da especialista, suplementação em bloco une nutrição de qualidade e redução de desperdício, contribuindo para melhorar os índices qualitativos, quantitativos e financeiros da propriedade.
“Para se ter uma ideia, no suplemento mineral em bloco as perdas chegam a aproximadamente 2%, ante 16% na forma de pó”, compara Letícia, acrescentando que o formato em bloco confere resistência ao produto, principalmente por conta das ações da natureza, como chuvas e ventos. “O suplemento fica disponível ao animal em boas condições por um período maior no cocho, o que reduz a frequência de fornecimento do produto”, comenta.
Para ilustrar, ela menciona dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), segundo os quais mão de obra corresponde a cerca de 8% dos custos operacionais totais da recria e 20% no caso da atividade de cria. “Para ser mais lucrativa, os pecuaristas devem utilizar de forma eficiente a mão de obra, sem deixar de suplementar os animais de forma adequada”, argumenta.
Conforme explica, além de diminuir as perdas, a frequência de reposição dos blocos no cocho equivale a 25% em relação suplementação em pó. “Isso significa que, mensalmente, o custo operacional com a atividade de salga é 75% menor comparado ao fornecimento dos suplementos em pó”, calcula. “Ao aliar o menor custo operacional e menor desperdício, constatamos redução nos gastos com a suplementação em bloco.”
Em termos nutricionais, Letícia informa que, em linhas gerais, o suplemento em bloco apresenta níveis nutricionais semelhantes à formulação em pó, mas faz uma ressalva. “No caso do bloco, como o produto é compacto, a presença de melaço de cana, farelos palatabilizantes e sal branco aumenta a aceitabilidade pelo animal”, pondera.
De acordo com a especialista, como o desperdício é praticamente nulo na suplementação em bloco, é simples e certeiro verificar se o gado ingeriu a quantidade indicada no rótulo do produto. Ou seja, o que não estiver no cocho foi consumido.
“Assim, fazemos a conta de quantos animais há no lote, quantos blocos foram colocados e o período que durou o produto no cocho. Dividindo o peso do produto fornecido pela quantidade de animais e depois pelos dias de ingestão, temos o consumo de quilograma por animal por dia”, ensina.