A adubação potássica é fundamental para o bom desenvolvimento de pastagens e essencial em áreas de produção de forragem como feno, capineiras ou silagem. Importante acompanhar os níveis no solo pelas análises de solo e repor a extração principalmente em solos arenosos onde a lixiviação é maior e onde se trabalha com adubação nitrogenada.
A intensificação do uso de pastagens, o aumento da oferta de alimentos no período da seca e o uso adequado de fertilizantes e corretivos tem sido cada vez mais adotado pelos produtores. Quando as correções são adequadas (calagem, gessagem e fosfatagem) e o uso de adubação nitrogenada se torna ferramenta de implementação da taxa de lotação, a adubação potássica se torna essencial, pois esse nutriente tem papel importante no processo fotossintético e quando deficiente, a fotossíntese diminui e a respiração aumenta, condições que reduzem o suprimento de carboidratos para as 'plantas impedindo inclusive a incorporação eficiente do N.
Os níveis de adubação utilizados nos sistemas intensivos são muito mais elevados que os utilizados na maioria das culturas, devido ao elevado potencial de resposta das gramíneas, portanto nenhum nutriente deve faltar pois pode limitar a produção de forragem. A adubação potássica é de grande importância, em função da grande extração pela maioria dessas espécies, associada às baixas reservas do nutriente em solos muito intemperizados.
Figura 1 - Potencial de produção sem adubação e nutrientes limitantes (Adubação por Balanço de Massas - MBM, blogirrigacaodepastagem).
A Figura 1 apresenta o potencial de produção de uma pastagem sem adubação, em que a análise de solo apresentou as seguintes concentrações: 2% de matéria orgânica, 3, 5 e 80 mg/dm³ respectivamente de fósforo, enxofre e potássio. Observe que a lotação por hectare ficará limitada em 0,6 UA (unidades animais ou 450 kg de peso vivo) caso não seja feita a fertilização nitrogenada. Atendida as exigências de nitrogênio (N) o próximo nutriente limitante passa a ser o enxofre, seguido do fósforo. Sendo que para uma lotação de até 1,6 UA/ha não há necessidade de adubação potássica.
Em áreas de produção de forragem para corte e consumo fresco como áreas de capineira ou produção de forragem conservadas como feno e silagem, a preocupação com a adubação potássica é maior pois nestas áreas a extração de potássio é bem mais elevada que nas áreas de pastejo e esse nutriente precisa ser reposto.
As perdas de potássio são maiores por lixiviação, ou seja, as chuvas podem levar o potássio às camadas mais profundas do solo e aumentar as perdas e por isso quando a necessidade desse elemento for elevada, deve-se parcelar a adubação para diminuir as perdas.
O potássio é um nutriente importante para boas produtividades de pastagens, em especial àquelas adubadas intensivamente e para produção de forragem.