22/12/2022 às 11h22min - Atualizada em 22/12/2022 às 11h36min

Preços médios do boi gordo caem pelo 4° mês consecutivo; exportações superam 2021

Os preços médios do boi gordo caíram pelo quarto mês consecutivo, em novembro. O recuo foi de 2,17% em comparação a outubro. Ainda no final da entressafra, com o mercado ajustado e o aumento da demanda causado pelas festividades de fim de ano, o cenário aponta para a sustentação dos preços nos próximos períodos. As informações são do boletim AgroConab, publicado nesta quarta-feira (21), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Exportações batem recorde

O contexto de queda no consumo interno, em razão do baixo poder aquisitivo do consumidor, começa a desacelerar. Enquanto isso, as primeiras estimativas apontam para uma recuperação de 2,9% na produção de carne bovina em 2023.

O aumento das exportações tem diminuído os efeitos da crise no consumo interno e esse bom ritmo tem ajudado a sustentar o mercado. O volume de exportações em novembro de 2022 foi 67,8% superior ao apurado no mesmo período de 2021. O preço em dólar por tonelada de carne também vem registrando sucessivas quedas desde junho deste ano. Em novembro, a redução foi de 10,2% em relação ao mês anterior.

Apesar da diminuição da demanda chinesa, que causou redução das exportações de carne bovina em novembro de 2022, o volume acumulado do exportado em 2022 é recorde, com 2,78 milhões de toneladas.
O mercado internacional apresenta aumento da procura pelo produto brasileiro por conta dos conflitos no leste europeu e pela forte demanda chinesa, cujas dificuldades de suprimento de proteína animal ainda são elevadas em decorrência da Peste Suína Africana. Embora as exportações se mantenham firmes, a China continua a pressionar os preços para baixo.

Frangos e suínos

No caso da carne de frango, a alta demanda em razão dos preços da concorrente bovina e das festas de fim de ano ainda não foi o suficiente para acompanhar a evolução da oferta, pressionando os preços para baixo. As exportações devem fechar o ano com desempenho recorde, aproximadamente 5% acima daquele observado em 2021.
Já para a carne suína, permanece a tendência de desaceleração gradativa da demanda chinesa. Dessa forma, a balança deverá fechar o ano com ligeira redução de volume e de receita em 2022.

Da Redação, com Conab

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