25/11/2022 às 11h28min - Atualizada em 25/11/2022 às 11h28min

Gestão Vacinal: atenção ao calendário é fundamental para uma pecuária sustentável

A sanidade é um dos pilares da produtividade e da sustentabilidade da pecuária bovina. Dentre os manejos sanitários, a prevenção contra as mais importantes doenças que ocorrem na região e na fazenda é de grande importância. Portanto, com auxílio do médico veterinário, cada propriedade deverá elaborar e respeitar um calendário vacinal personalizado.

“O não cumprimento de calendário elaborado – que conterá as principais vacinas a serem empregada –, bem como o manejo de primovacinações (primeira vez que o animal receberá a vacina em questão) e o momento de aplicação das revacinações, deixam o rebanho sob riscos que podem resultar em prejuízos significativos, reduzindo a sustentabilidade do negócio”, alerta o médico veterinário e gerente da Ceva Saúde Animal, Marcos Malacco.

O especialista acredita que, atualmente, boa parte das fazendas possuem um calendário de vacinações que, de certa forma, é cumprido. “Entretanto podemos notar algumas falhas relacionadas ao manejo de primovacinaçoes e até mesmo no intervalo indicado de revacinações”, alerta.

Um fato importante, na avaliação de Malacco, é que a ausência da obrigatoriedade de vacinações contra a febre aftosa em boa parte do Brasil pode contribuir para essas falhas, uma vez que muitas fazendas, principalmente do gado de corte, aproveitavam os manejos dessas vacinações para realização de outros manejos, como as revacinações recomendadas para a prevenção de outras doenças e até mesmo o controle parasitário.

Impactos da tecnologia

Segundo o especialista, para otimizar o desenvolvimento sustentável, a tecnologia tem contribuído com o fornecimento de ferramentas de gestão de fácil emprego e também com a produção de vacinas de alta qualidade por algumas empresas, além de ferramentas de gestão sanitárias disponíveis, como a Ceva Pro, baseada em avaliações dos diversos setores e categorias de animais existentes na fazenda, através de questionários.

Os resultados obtidos são comparados com os de fazendas de mais alta produtividade e permitem apontar os gargalos existentes na propriedade. A partir daí, são elaborados calendários sanitários, treinamentos das equipes, sugestão de manejos e a implantação de medidas que busquem a melhoria dos índices que denotem atenção”, explica o médico veterinário. Ele acrescenta que esses resultados são periodicamente avaliados e caso haja necessidade são aplicadas medidas corretivas.

Bem-estar animal

Conforme Malacco, em relação ao bem-estar animal, é importante destacar que a saúde talvez seja a premissa mais importante. "Sem saúde não há bem-estar. Para um rebanho produtivo são necessários potencial genético, potencial reprodutivo, boa nutrição, bom status sanitário, além de boas práticas de manejo aplicadas ao rebanho”, enfatiza.

Em sua opinião, a sanidade e a nutrição são condições que garantem a manifestação do potencial genético e reprodutivo do animal. “Portanto, uma boa saúde é fundamental para um rebanho produtivo e sustentável”, completa.

Portanto, ele recomenda muita atenção ao rigoroso cumprimento dos calendários sanitários elaborados para a propriedade, com auxílio do médico veterinário, que é o profissional capaz para tal.

“É importante que o calendário seja elaborado de acordo com os desafios sanitários e condições de cada fazenda e categorias de animais existentes. A falta de um calendário sanitário bem elaborado ou falhas em seu cumprimento podem causar prejuízos, interferindo diretamente na sustentabilidade do negócio”, analisa.

Por fim, Malacco lembra que outro ponto relacionado à sanidade do rebanho é o controle dos principais parasitos. “Existem programas denominados estratégicos, que devem ser elaborados e cumpridos rigorosamente, com objetivo de reduzir ao máximo os impactos negativos desses parasitos na saúde, bem-estar e desempenho do rebanho”, arremata.

 

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