A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 7,395 bilhões em julho, aumento de 1,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, pela média diária, segundo números divulgados nesta segunda-feira (2) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
Nos primeiros sete meses do ano, o saldo acumulado está positivo em US$ 44,126 bilhões, aumento de 48,6% sobre o mesmo período de 2020.
As exportações totalizaram US$ 25,528 bilhões no sétimo mês de 2021, o maior resultado da série histórica para meses de julho, como destacou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.
Pela média diária, houve aumento de 37,5% sobre o desempenho do mesmo mês de 2020. Já as importações alcançaram US$ 18,133 bilhões e tiveram aumento de 60,5% sobre julho do ano passado.
No acumulado de 2021, as exportações somam US$ 161,416 bilhões, alta de 35,3% em relação ao mesmo período de 2020. Já as importações acumulam US$ 117,289 bilhões no ano, aumento de 30,9% na mesma base de comparação.
A corrente de comércio também foi recorde para meses de julho, de acordo com Brandão.
Segundo o subsecretário, a redução dos volumes exportados em julho (a alta nas vendas no mês foi puxada pelos preços dos produtos) parece ser uma “flutuação natural” e, por ora, não é verificada uma tendência de redução das quantidades. O índice de preços subiu 43,1% no período, enquanto o de quantum caiu 8%.
Ele explicou que, no mês, houve embarques baixos de itens como petróleo, minério de ferro e soja. “Mas a demanda continua aquecida”, afirmou, citando a previsão de crescimento para a economia mundial do Fundo Monetário Internacional (FMI), de 6% para 2021.
“Os principais parceiros do Brasil estão com o mercado aquecido, os fundamentos se mantêm em relação ao cenário que havia anteriormente, com observação de aumento do quantum. No momento, não vemos tendência de redução dos volumes”, afirmou, pontuando que é preciso observar o próximo mês.
Em julho, as exportações do setor de agropecuária cresceram 11,21%, pela média diária, em relação ao mesmo mês do ano anterior. No caso da indústria extrativa, houve alta de 62,73% e da indústria de transformação, de 37,65%.
Já pelo lado das importações, houve avanço de 48,18% na agropecuária, alta de 163,17% na indústria extrativa e de 56,97% nas compras da indústria de transformação.
No sétimo mês do ano, as exportações brasileiras para China, Hong Kong e Macau, principais destinos dos produtos brasileiros, subiram 19,63%, pela média diária, em relação ao mesmo mês do ano anterior. As vendas totais para a Ásia avançaram 28,90%.
Na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte subiram 70,24%, para a América do Sul, 54,87%, e para a Europa, 31,76%.
Já nos primeiros sete meses do ano, as vendas para a China avançaram 33,18% e, para toda a Ásia, 35,05%. As exportações para a América do Norte subiram 37,38%, no período, para a América do Sul, 49,60%, e para a Europa, 28,15%.
Em sua projeção mais recente, a secretaria estima que a balança comercial registre em 2021 um superávit de US$ 105,3 bilhões, resultado de US$ 307,5 bilhões em exportações e US$ 202,2 bilhões em importações. A corrente de comércio ficaria em US$ 509,7 bilhões.