São Paulo, 4 - O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apurou que, apesar de os bloqueios nas estradas brasileiras desde o início da semana terem "atrapalhado" a comercialização da carne de frango "em boa parte das regiões do País, travando a entrega do produto", não foram registradas oscilações expressivas de preços. Em outubro, a média de preços da maior parte dos produtos avícolas foi menor que a de setembro, puxada pela elevada oferta interna da carne e pela baixa liquidez do mercado, disse o Cepea. O preço médio do frango inteiro negociado no atacado da Grande São Paulo foi de R$ 7,67 o quilo em outubro, queda de 1,3% ante setembro e 3,5% inferior ao de outubro de 2021, em termos nominais. Já em Pará de Minas, a valorização mensal foi de 7,6%, a R$ 7,85/kg em outubro, mas a média ficou 7,4% abaixo da registrada em outubro/21. Para os cortes e miúdos comercializados também no atacado da Grande São Paulo, a asa foi a que mais se valorizou. De setembro para outubro, o preço da asa congelada subiu 4,1%, a R$ 11,17/kg na média, 8% acima do valor observado em outubro/21, em termos nominais. "Por outro lado, o produto avícola que mais se desvalorizou em outubro foi o filé de peito. Diante da elevada oferta e de vendas estagnadas do produto no mercado doméstico, os agentes adotaram a estratégia de redução de preço para garantir liquidez e evitar aumento dos volumes em estoque. Assim, o corte congelado teve média de R$ 13,45/kg, recuo de 6,1% em relação a setembro e 5% abaixo da registrada em outubro/21." As cotações do frango vivo também cederam. Na média do Estado de São Paulo, o animal para abate foi cotado a R$ 5,50/kg em outubro, baixa de 5,1% frente a setembro, mas elevação de 3,4% em relação à de outubro/21, também em termos nominais.