A atividade da indústria brasileira continuou a crescer em julho, com aumento de produção e estoques de bens acabados e também de empregos. A escassez de insumos diminuiu no mês. É o que mostra o Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), da IHS Markit. O indicador subiu de 56,4 em junho para 56,7 em julho, maior nível em cinco meses. Leituras acima de 50 apontam expansão da atividade.
Segundo a Markit, as empresas se beneficiaram do forte aumento de novas encomendas e, com isso, elevaram o nível de compra de insumos e de produção no mês passado.
Os custos de produção, porém, continuaram a subir “substancialmente” por causa da depreciação do câmbio e do aumento dos preços em dólar das matérias-primas.
Todas as três categorias monitoradas pela Markit registraram crescimento de atividade. Bens de capital foi a que apresentou o melhor desempenho. “Animados pelo aumento da demanda, os fabricantes de bens focaram em reconstruir seus estoques”, diz o texto da consultoria.
A taxa de aumento dos estoques de bens finais aumentou pelo quarto mês consecutivo e no ritmo mais rápido em 15 anos e meio de PMI. Os estoques de insumos também aumentaram, assim como as vendas, algo concentrado no mercado doméstico. As exportações cresceram de forma tímida no período. O emprego industrial cresceu, mas a uma taxa menor que em junho.
No curto prazo, as empresas entrevistadas esperam que a recuperação da demanda continue. Há otimismo com o avanço na vacinação no país. “De uma forma geral, a confiança permaneceu elevada”, diz a Markit.
O PMI é calculado a partir de respostas a questões sobre encomendas, produção, estoques, emprego e preços respondidas todos os meses por cerca de 400 companhias do setor industrial no país.