A dívida bruta dos governos no Brasil variou de R$ 6,696 trilhões em maio para R$ 6,729 trilhões em junho, segundo dados do Banco Central (BC). Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a dívida caiu, de 84,6% para 84%.
De acordo com o Banco Central (BC), a queda da dívida bruta é explicada sobretudo pela alta nominal do Produto Interno Bruto (PIB), que teve efeito baixista de um ponto percentual do PIB no indicador fiscal. Na direção altista, pesaram as emissões liquidas de dívida do governo, com impacto de 0,2 ponto do PIB, e o pagamento de juros, com 0,4 ponto. O ajuste cambial teve efeito baixista de 0,3 ponto do PIB.
Já a dívida líquida do setor público não financeiro variou de R$ 4,730 trilhões em maio, ou 59,8% do PIB, para R$ 4,878 trilhões em junho, ou 60,9% do PIB.
Essa variação, segundo o BC, é devida aos impactos do déficit primário (responsável por aumento de 0,8 ponto percentual) e pela valorização cambial de 4,4% (0,8 ponto). Em sentido oposto, atuou o crescimento do PIB nominal (0,7 ponto).
Os dados levam em conta União, Estados, municípios e empresas estatais, com exceção daquelas dos grupos Petrobras e Eletrobras. Os bancos estatais também não entram na conta, pois as estatísticas se referem ao setor público não financeiro.
O BC apontou ainda que o custo de carregamento da dívida líquida do setor público (DLSP) variou de 6,8% em maio para 6,5% em junho, quando medido em 12 meses.
Olhando apenas a dívida do governo federal e do BC, que está dentro da DLSP, o custo foi de 7,2% no mês passado, ante 7,6% em maio.
A taxa implícita capta uma média das taxas de juros incidentes sobre os ativos e os passivos da DLSP. A dívida mobiliária, por exemplo, tem diferentes indexadores, como a Selic e os índices de preços.