20/09/2022 às 09h08min - Atualizada em 20/09/2022 às 09h08min

Produção de soja absorve mais do que mata nativa, diz presidente da Aprosoja

O presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), José Sismeiro, disse que as lavouras de soja sequestram mais gás carbônico do que emitem. A Aprosoja se prepara para a Abertura Nacional do Plantio de Soja, da safra 2022/2023, na quinta-feira (22), em São José do Rio Pardo, São Paulo, na fazenda Nossa Senhora Aparecida. É a primeira vez que o estado recebe o evento. 

No lugar da cana 

A chegada da soja no estado de São Paulo é muito importante para o país. Sobre o assunto e a realização do evento no estado, Sismeiro disse que “São Paulo é muito importante para a Federação, é um estado industrializado onde a agricultura também é forte", e que a “soja está entrando, principalmente, no lugar da cana, para a manutenção das terras”.

Sustentabilidade

Sismeiro disse que no I Congresso Brasileiro dos Produtores de Soja em agosto passado, “mostramos que a soja é altamente sustentável” e que “em um horizonte de dez anos se plantando soja (em sistema plantio direto), principalmente fazendo uma rotação com milho segunda-safra, sequestra-se muito mais carbono do que emite, até mais do que em uma área de floresta nativa”.

Dificuldades para a cultura

Para a Aprosoja, este ano a La Niña vai continuar a atuar sobre o país, principalmente nos estados do Sul. “Mas se o produtor tiver o solo em ordem, com uma boa cobertura de solo, com uma planta sadia, com certeza a probabilidade de dar certo (a produção) é muito maior”, afirma. Como os fatores climáticos afetam boa parte do mundo, com escassez de alimentos, é bem possível que os preços subam, mesmo que seja difícil de prever o mercado.

Sismeiro lembra que houve um pico no preço da oleaginosa que chegou nas cooperativas a R$200, hoje está em R$160 e, ao mesmo tempo, os custos de produção dobraram e, alguns insumos, triplicaram os seus preços. “É um momento difícil” e gera incertezas ao produtor.

José diz que o produtor pode fazer um travamento do preço no mercado físico, mas se houver problemas climáticos e ele não conseguir entregar a produção, será multado. Por isso, sugere um travamento na Bolsa de Valores, o que é mais difícil, mas com um bom corretor, ele consegue.

 

Da Redação, com Canal Rural

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