O número total de desempregados no país ficou em 14,795 milhões no trimestre encerrado em maio de 2021, o segundo maior de toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012. Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram a manutenção deste contingente em patamar recorde por três divulgações seguidas.
O maior contingente da série histórica da pesquisa foi observado no trimestre encerrado em março, de 14,805 milhões. Em abril, esse total ficou em 14,761 milhões.
“São três divulgações consecutivas em que, quando se arredonda, o total de desocupados fica em 14,8 milhões de pessoas. Em março, abril e maio, o pessoal desocupado se manteve em nível próximo”, diz a gerente da pesquisa, Adriana Beringuy.
Para comparações, no entanto, o IBGE considera apenas o trimestre imediatamente anterior – que neste caso seria o trimestre entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021 – e igual trimestre do ano anterior – março, abril e maio.
Assim, o resultado do trimestre encerrado em maio é 2,6% superior ao do trimestre anterior – embora seja considerado pelo IBGE estatisticamente estável, com 372 mil pessoas a mais. Frente a igual trimestre de 2020, no entanto, há uma alta de 16,4%, com 2,1 milhões de pessoas a mais.
“A gente permanece, um ano depois da pandemia, com uma aceleração importante da desocupação, que pode estar ligada à volta de pessoas em busca de vagas. No ano passado, não tinha tanta gente pressionando o mercado de trabalho”, explica Adriana.
