Com a volta parcial da coleta presencial, ocorrida em julho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) espera aumento do total de entrevistas realizadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) para pelo menos 60% dos domicílios.
A coleta por telefone, que passou a ser adotada por causa da pandemia desde março de 2020, tinha reduzido esse percentual para perto dos 50% nos últimos meses.
O IBGE informou, ainda, que está trabalhando para reduzir o prazo de defasagem entre o mês do calendário e a divulgação do resultado, que foi ampliado por causa das dificuldades da coleta por telefone. Antes da pandemia, os dados eram divulgados no mês seguinte ao calendário, prazo que foi estendido para dois meses. Hoje, por exemplo, foram divulgadas as informações de maio.
Para permitir um resultado melhor nas próximas divulgações, o IBGE também ampliou a coleta dos dados relativos a junho, que seguem até a próxima quarta-feira, dia 4 de agosto. “Já tem um resultado bastante satisfatório. Teve crescimento para maio e a gente está observando a taxa de resposta crescendo para junho. Temos expectativa de ultrapassar os 60% de resposta para os dados de junho”, afirmou a gerente da pesquisa, Adriana Beringuy.
Ela informou, ainda, que segue em curso o trabalho de aprimoramento do processo de expansão da amostra da Pnad Contínua, para incluir também a ponderação dos dados por sexo e idade, mas que ainda não há prazo para a divulgação. “O trabalho está bastante avançado, não vou cravar uma data, porque a série histórica é muito longa”, disse. O objetivo é reduzir possíveis vieses trazidos pelo início da coleta da pesquisa por telefone, desde 2020.