30/07/2021 às 14h00min - Atualizada em 30/07/2021 às 14h00min

Fleury vai fazer parcerias com hospitais para cirurgias de pessoas sem plano de saúde

O Fleury está negociando parcerias com hospitais para realização de cirurgias de baixa complexidade para o público sem plano de saúde. Esses atendimentos poderiam ser feitos em horários alternativos, em que há baixa demanda nos hospitais.

Essa iniciativa é feita por meio de sua plataforma Saúde ID, um marketplace que atende desde funcionários de empresas com convênio médico e pessoas que não possuem o benefício. Essa plataforma tem serviços de teleconsultas, agendamentos de exames e outros procedimentos, gestão de saúde e ainda pretende ter parcerias com farmácias, empresas de alimentação saudável, entre outros ligados à saúde.

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No segundo trimestre, a plataforma realizou cerca de 150 mil atendimentos. O mercado endereçável do marketplace é de 3 milhões e vai subir para 12 milhões após a parceria fechada com a Smiles. Em sua emissão de debêntures, no valor de R$ 1 bilhão, a empresa se comprometeu atender 1 milhão de pessoas das classes C, D e E até 2025 por meio dessa plataforma.

Essa é uma das novas frentes da companhia para diversificar seu negócio e se tornar uma companhia de saúde integrada. Para isso, já adquiriu clínicas de oftalmologia e ortopedia, centro de infusão de medicamentos, além de criar uma área de reprodução feminina. A ideia é que esses novos negócios sejam integrados à medicina diagnóstica, uma vez que são procedimentos médicos que demandam exames. “Buscamos sinergias entre os negócios adquiridos e medicina diagnóstica”, disse Jeane Tsuitsui, presidente do Fleury, há pouco durante teleconferência para analistas e investidores.

Segundo Fernando Leão, diretor de relações com investidores do Fleury, a companhia hoje tem uma alavancagem de uma vez o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) e se for preciso para aquisições tem espaço para aumentar esse múltiplo para 2,5 vezes.

Ainda segundo Jeane, a companhia essa nova área de especialidades médicas, entre elas de infusão de medicamentos, poderá se expandir para outros Estados do país. Hoje, esses atendimentos médicos ocorrem apenas em São Paulo, praça da bandeira Fleury.

A área de novos negócios representou cerca de 8% da receita bruta da companhia no segundo trimestre.

Atendimento móvel

O atendimento móvel, que pode ser realizado na residência do paciente, já representa 25 unidades físicas, em média. Esse tipo de atendimento disparou na pandemia.

Com isso, parte das unidades físicas planejadas no plano de expansão de 2016 talvez não precise ser aberta. “Nossa meta era ter entre 74 e 90 unidades, abrimos 55. Considerando o atendimento móvel, que representam 25 unidades, já atingimos 80”, disse Jeane, que está analisando a viabilidade de novas aberturas de laboratórios.

Ciberataque

O Fleury informou que tem apólice de seguros para o ataque cibernético sofrido no fim de junho e parte das despesas gastas para solucionar o problema pode ser recuperada.

O Fleury teve queda de R$ 19,4 milhões em seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no segundo trimestre devido ao ataque cibernético, que interrompeu o atendimento durante quatro dias. Além de queda de receita, a empresa teve despesas com as principais consultorias e empresas de tecnologia para solucionar o problema.

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