Rio, 6 - O País registrou um abate recorde de 14,07 milhões de cabeças de suínos no segundo trimestre de 2022, um aumento de 7,2% em relação ao mesmo trimestre de 2021. Os dados são das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, e foram divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, houve alta de 3,0%. "A proteína suína é um substituto em relação à carne bovina, que teve seu consumo reduzido por conta da elevação dos preços, observada desde 2020", justificou Bernardo Viscardi, supervisor de indicadores pecuários do IBGE, em nota oficial. No segundo trimestre, cerca de 81,3% da produção suína ficaram no mercado interno. "Nos últimos anos, as exportações estavam em alta, principalmente por conta da China. Após o controle da peste suína africana e a reposição do rebanho chinês, as exportações sofreram considerável redução. Outros destinos aumentaram as importações, mas não conseguiram compensar o arrefecimento da demanda chinesa", completou Viscardi. O abate de suínos cresceu em 19 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa, com destaque para Santa Catarina (+270,04 mil cabeças), Paraná (+258,35 mil), Rio Grande do Sul (+108,05 mil), São Paulo (+103,45 mil), Mato Grosso do Sul (+78,29 mil), Minas Gerais (+75,68 mil) e Goiás (+43,49 mil). A queda mais expressiva ocorreu no Mato Grosso (-40,26 mil). Santa Catarina manteve a liderança do abate de suínos, com 28,4% de participação no total nacional, seguido por Paraná (20,9%) e Rio Grande do Sul (17,1%).