16/08/2022 às 11h00min - Atualizada em 16/08/2022 às 11h00min

AgroGalaxy tem prejuízo líquido ajustado de R$ 107,6 mi no 2º trimestre (+134%)

São Paulo, 16 - A AgroGalaxy, empresa que atua no varejo de insumos agrícolas, produção e beneficiamento de sementes e na originação e comercialização de grãos, registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 107,6 milhões no segundo trimestre de 2022, valor 134,5% maior do que o prejuízo líquido de R$ 45,8 milhões apurado em igual período do ano passado. A receita líquida obtida de abril a junho alcançou R$ 1,967 bilhão, 94,2% superior ao valor de R$ 1,013 bilhão contabilizado há um ano. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no último trimestre foi de R$ 56,3 milhões, 2.137% maior que os R$ 2,5 milhões do segundo trimestre de 2021. Os números consolidam, pela primeira vez, os resultados das empresas Boa Vista, Ferrari Zagatto e Agrocat, adquiridas pela companhia em 2021 e 2022. A receita líquida obtida com as vendas de insumos e grãos das últimas duas, no segundo trimestre, somou R$ 288,2 milhões. "Prejuízo no segundo trimestre, no primeiro semestre, é normal dentro do nosso negócio. Tanto em 2020 como em 2021 tivemos um prejuízo de cerca de 40% no primeiro semestre e fizemos mais ou menos 140% (do lucro líquido) no segundo semestre, ou seja, compensamos o prejuízo do primeiro semestre", explicou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da AgroGalaxy, Mauricio Puliti. "Esperamos ter lucro no ano, creio que em porcentuais menores do que em 2019, 2020 e 2021, como efeito da Selic, porque o nosso custo de dívida mais do que duplicou, de uma Selic da ordem de 3% para 14% (em um ano). Uma parte da geração de margem operacional está indo para a despesa financeira; apesar de nossa alavancagem (endividamento) ter diminuído, ainda tem uma despesa financeira grande", continuou o executivo. Em 2021, o lucro líquido ajustado da AgroGalaxy aumentou 42,4% ante o valor apurado em 2020. Já em 2021, havia crescido 58% na comparação com 2019. Neste ano, as despesas da AgroGalaxy no segundo trimestre aumentaram 31% na comparação anual, para R$ 149,8 milhões. Puliti reforçou que, historicamente, o resultado do segundo trimestre representa somente 9% do faturamento de insumos do ano, enquanto o terceiro e quarto trimestre concentram, respectivamente, 27% e 46%. <b>Venda de insumos</b> As vendas de insumos agrícolas da AgroGalaxy neste ano devem crescer de 20% a 25% em volume na comparação com igual período do ano passado, na avaliação de Mauricio Puliti. No segundo trimestre de 2022, a companhia registrou crescimento de 19,6% no volume vendido, ante o intervalo correspondente de 2021. No semestre, a alta foi de 21,2% e nos 12 meses encerrados em junho de 2022 o volume de insumos agrícolas vendido pela empresa cresceu 26,6% em relação ao contabilizado nos 12 meses finalizados em junho de 2021. O CEO da AgroGalaxy, Welles Pascoal, disse que a companhia não trabalha com perspectiva de novas altas dos preços dos insumos, em especial dos fertilizantes. "Esperamos que haja estabilidade de preços e até queda no caso de alguns produtos com oferta grande. Os preços dos fertilizantes nitrogenados já se ajustaram (para baixo). Hoje a situação está muito mais normalizada em termos de oferta de fertilizantes", afirmou. "Também não vemos mais a perspectiva de falta de insumos", reforçou a vice-presidente de Negócios e ESG da varejista de insumos, Sheilla Albuquerque. No segundo trimestre, parte do incremento de 94,2% da receita líquida, para R$ 1,967 bilhão, foi garantida pelo aumento dos preços dos insumos, que subiram, em média, 58,2% no período, ante igual intervalo de 2021.

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