A movimentação do setor portuário no primeiro semestre de 2022 sofreu uma redução 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com 581,3 milhões de toneladas de cargas movimentadas. Os dados foram divulgados nesta segunda (15), pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em balanço sobre os dados dos primeiros seis meses do ano.
De acordo com o órgão, a queda é atribuída principalmente ao desaquecimento no mercado global e aos desafios enfrentados pela economia chinesa, importante parceiro comercial do Brasil. "Setor sempre veio batendo recordes de movimentação de cargas. Entendemos que a redução neste semestre ocorre em função provavelmente dos problemas ocorridos na China, de lockdowns, fechamento de indústrias e portos.
Isso impactou granel sólido, mineral e vegetal, e a movimentação de contêineres apresentou redução também", disse o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery. Como o setor vem apresentando recordes de movimentação anualmente, mesmo com a redução registrada, o primeiro semestre fechou, em dados absolutos, com o segundo maior número da história do setor portuário, de acordo com a agência. A expectativa ainda é a de que o setor cresça em movimentação portuária no segundo semestre.
A Antaq estima um volume de 631 milhões de toneladas para a segunda metade do ano, uma alta de 2,9% em relação aos últimos seis meses de 2021. Para todo o ano de 2022, o órgão prevê uma estabilidade da movimentação em comparação com o ano passado, fechando os 12 meses com 1,212 bilhão de toneladas movimentadas, pouco menor que o registrado em 2021 - 1,214 bilhão de toneladas, recorde nacional do setor.
No primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período de 2021, a movimentação de contêineres caiu 4,4%, mesma redução registrada no granel sólido. O granel líquido apresentou queda de 4,5%, enquanto a carga geral subiu 18,6%.
Fonte: Estadão Conteúdo