A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu o arquivamento de um inquérito aberto contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) envolvendo suspeita de pagamento de propina na construção da hidrelétrica de Belo Monte.
Na peça, enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo defendeu que a investigação da Polícia Federal (PF) não encontrou evidências contra o senador.
"Ao longo do apuratório, a despeito das diligências até agora efetivadas, não foi possível identificar dados concretos acerca de recebimento de vantagem indevida por Renan Calheiros", disse a PGR.
Para o órgão, "não há lastro para justificar a formulação de imputação penal via denúncia em desfavor do senador".
A PGR também destacou que o inquérito foi aberto com base na delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral (PTB-MS), mas que as denúncias apresentadas por ele "restaram isoladas" tanto em relação a Renan quanto ao senador Jader Barbalho (MDB-AP).
O pedido de arquivamento foi enviado ao ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF. Manifestações da PGR nesse sentido costumam ser acolhidas pelos ministros.
De acordo com a assessoria de imprensa do senador, ainda tramitam sete inquéritos contra Renan no Supremo, mas a expectativa é que todos sejam arquivados. “Este caso foi mais um dos absurdos de denúncias sem prova e perseguição e abusos de membros do MP federal contra o senador Renan Calheiros. Tanto que de 32 investigações, restam apenas 7, que também serão arquivadas por serem ineptas.”