29/07/2021 às 15h00min - Atualizada em 29/07/2021 às 15h00min

IGP-M acelera alta para 0,78% em julho e avança mais de 33% em 12 meses

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou para 0,78% em julho, após se situar em 0,60% em junho, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A taxa ficou abaixo da mediana das expectativas apuradas pelo Valor Data, de 0,89%, para o período. Mas ficou dentro do intervalo das estimativas, de 0,39% a 1,14%.

No ano, o indicador acumula elevação de 15,98% e, em 12 meses, alta de 33,83%. Em julho de 2020, o índice havia subido 2,23% e acumulava alta de 9,27% em 12 meses.

“Efeitos sazonais, exportações e a alta acumulada nos preços das rações aceleraram o índice ao produtor afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre.

Em julho, três itens puxaram a alta do IGP-M: minério de ferro (-3,04% para 2,70%), adubos ou fertilizantes (5,70% para 14,28%) e leite in natura (6,20% para 5,74%).

Na inflação ao consumidor, o destaque foi a energia. A tarifa elétrica avançou 5,87% e o gás liquefeito de petróleo (GLP) subiu 4,05%, destacou Braz.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) - que tem peso de 60% nos IGPs - subiu 0,71% em julho, ante 0,42% em junho. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo bens finais subiu 1,08% em julho, de 1,32% em junho. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, que passou de 2,45% para 1,36%, no mesmo período.

A inflação dos bens intermediários cedeu de 1,78% em junho para 1,15% em julho, influenciada pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, de 1,71% para 0,11%.

No estágio das matérias-primas brutas, houve elevação de 0,09% em julho, após baixa de 1,28% em junho. Contribuíram para esse movimento o minério de ferro, suínos (-13,50% para 5,69%) e mandioca (-6,01% para 3,57%). Em sentido oposto, destacam-se os itens cana-de-açúcar (7,73% para 1,36%), café em grão (8,15% para 0,04%) e soja em grão (-4,71% para -5,92%).

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - com peso de 30% nos IGPs - aumentou 0,83% em julho, ante 0,57% em junho. Das oito classes de despesa, a principal contribuição veio do grupo educação, leitura e recreação (-0,69% para 2,16%), que por sua vez foi puxado pela passagem aérea (-7,28% em junho para 24,69%).

Também subiram habitação (1,10% para 1,66%), alimentação (0,31% para 0,59%) e comunicação (-0,03% para 0,00%).

Transportes subiram menos (1,43% para 0,73%), assim como despesas diversas (0,29% para 0,06%) e vestuário (0,40% para 0,26%). Saúde e cuidados pessoais mudaram de direção (0,07% para -0,07%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), já divulgado pela FGV nesta semana, subiu 1,24% em julho, de 2,30% em junho.

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