25/07/2022 às 10h00min - Atualizada em 25/07/2022 às 10h00min

Rússia: Lavrov reafirma compromisso com exportação de grãos em viagem ao Egito

São Paulo, 25 - O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, reafirmou que o país honrará os contratos de exportação de grãos em meio ao cenário incerto para o setor de commodities agrícolas. O representante de Moscou se pronunciou ao lado do ministro de Relações exteriores do Egito, Sameh Shukry, após os dois se reunirem neste domingo (24) durante a viagem do chanceler russo ao país. "Reafirmamos o compromisso dos exportadores russos de grãos com o cumprimento de todas as suas obrigações", disse Lavrov. O ministro atribuiu o atual cenário à pandemia do coronavírus e "seca sem precedentes na África, que dura quatro anos". Ele citou ainda que "sanções ilegítimas" impediram as operações com grãos russos. <b>Ucrânia</b> Em relação aos grãos produzidos na Ucrânia, o ministro disse que a Rússia garantirá, com apoio turco, o transporte em alto mar. "Quando os navios navegam em direção aos portos ucranianos para carregar alimentos, haverá uma verificação para garantir que nenhuma arma seja trazida para lá", afirmou. Na última sexta-feira, 22, Rússia e Ucrânia assinaram um acordo mediado por Turquia e ONU para permitir a exportação de grãos e fertilizantes ucranianos pelo Mar Negro. Estima-se que mais de 20 milhões de toneladas de grãos que estavam retidas sejam liberadas, baixando o preço mundial de muitos produtos e aliviando a crise alimentar global. Menos de 24 horas após a assinatura, a Rússia atacou a cidade portuária de Odessa, na Ucrânia. Neste domingo, as autoridades ucranianas afirmam que os embarques de grãos para exportação podem ser prejudicados se ocorrerem novos ataques de mísseis russos na região. Moscou, por sua vez, insistiu que o ataque aéreo atingiu apenas alvos militares. Ainda no discurso ao lado do ministro egípcio, Lavrov disse que a Rússia está disposta a dialogar sobre esse e outros pontos envolvendo a guerra com a Ucrânia. "Não temos nenhum preconceito quanto à retomada das negociações sobre uma gama mais ampla de questões, mas esse assunto não depende de nós", declarou.

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