A confiança dos serviços, setor mais prejudicado pela pandemia, melhorou pelo quarto mês consecutivo, segundo a sondagem do setor divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Houve melhora tanto na percepção sobre o momento atual quanto nas expectativas.
Índice de Confiança de Serviços subiu 4,2 pontos em julho, para 98,0 pontos, maior nível desde março de 2014, quando marcou 98,3 pontos, mas segue abaixo da linha de 100 pontos, que separa otimismo de pessimismo. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 5,4 pontos, terceira alta seguida.
“O resultado decorre de uma melhora nos dois horizontes temporais, contudo mais intensa nas expectativas das empresas quanto a um aumento da demanda por serviços que foram preteridos durante à crise. O Índice de Expectativas voltou a ficar acima dos 100 pontos, sugerindo um certo otimismo com o curto e médio prazo”, afirmou, em nota, Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre.
O resultado do indicador deste mês foi influenciado principalmente pelo Índice de Expectativas que subiu 6,5 pontos, para 105,6 pontos, maior nível desde novembro de 2012 (106,2 pontos). O Índice de Situação Atual subiu 1,7 ponto, para 90,4 pontos, patamar idêntico ao de fevereiro de 2020, ou seja, nível pré-pandemia.
A melhora na confiança de serviços ao longo de 2021 tem sido mais intensa que em 2020, diz o Ibre. Essa melhora recente tem sido disseminada em todos os grandes segmentos do setor, mas é possível notar que tem sido mais forte justamente nos segmentos que mais sofreram ao longo de 2020.
A baixa base de comparação e a expectativa de controle da pandemia, ajudam a explicar esse resultado. Há uma percepção de melhora da situação atual, mas principalmente aumento das expectativas das empresas para os próximos meses.
A edição de julho da sondagem de serviços colheu informações de 1.515 empresas entre os dias 1 e 27 deste mês.