29/07/2021 às 11h00min - Atualizada em 29/07/2021 às 11h00min

Número de empresas ligadas ao comércio caiu em 2019 pelo sexto ano seguido, diz IBGE

Pelo sexto ano seguido, o número de empresas ligadas ao comércio no país caiu em 2019, segundo a Pesquisa Anual do Comércio (PAC) 2019, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O ano de 2019 foi marcado pela redução de 5% nesse número, que chegou a 1,434 milhão. O indicador recua há seis anos seguidos, desde 2014, quando a economia brasileira já dava sinais de desaceleração.

“Essa sequência de quedas no número de empresas é resultado da crise de 2015 e 2016, que afetou fortemente o setor comercial e as famílias. O número mostra que houve ou fechamento de empresas ou migração para outros segmentos”, afirma a pesquisadora do IBGE Synthia Kariny Silva de Santana.

No âmbito da Pesquisa Anual do Comércio (PAC), são classificadas como empresas comerciais aquelas em que a maior parte do faturamento é proveniente do comércio, explica ela. Assim, continua Synthia, o menor número de empresas também pode refletir uma mudança na dinâmica da atividade. Uma empresa de roupas que fabrica itens e também revende de outros fabricantes, por exemplo, será classificada de acordo com a atividade que tem maior participação no faturamento.

Quando se olha para os três segmentos do comércio, em 2019 houve recuo no total de empresas varejistas (-6,1%) e de veículos, peças e motocicletas (-5,7%). A única exceção foi no comércio por atacado, com aumento de 1,9%. Nesse grupo, estão incluídas as empresas exportadoras, que ajudaram a evitar uma queda ainda maior do número de companhias.

Os números de 2019 da pesquisa apontam, ainda, uma redução de 11% no montante de companhias comerciais no país frente a 2010, quando existiam 1,540 milhão delas. A pesquisa contabiliza também o número de unidades locais dessas empresas, que era de 1,597 milhão em 2019, 3% abaixo de 2018, 8,1% inferior a 2014 e 2,6% menor que em 2010.

Entre 2010 e 2019, a média de pessoas ocupadas por empresa no comércio passou de seis para sete. Já o rendimento médio das pessoas ocupadas variou de 1,8 para 1,9 salário mínimo.

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