Nessa época do ano, com a diminuição do acúmulo de massa de forragem, os capins disponíveis são os que foram reservados durante as chuvas, ou seja, o pasto diferido. Essas forragens perdem o valor nutritivo e isto afeta o consumo e a ingestão de nutrientes pelos animais em pastagens. O uso de uma mistura múltipla (proteinado) que aumenta o aporte de proteína à dieta adicionada ao uso de ionóforos melhora o desempenho animal.
As condições climáticas da época da seca não permitem acúmulo de massa de forragem neste período. Com isso, as pastagens vedadas ou que sobraram das águas acumulam material de menor valor nutritivo e os animais diminuem o consumo e ingerem um alimento de menor valor nutritivo. Logo, consumindo um alimento “pior”, o desempenho do animal também irá piorar.
A adição da mistura múltipla (proteinado) melhora o aporte de nutrientes e a ingestão de uma maior quantidade de proteína melhora a degradação da forragem no rúmen, aumentando o consumo de forragem e o desempenho animal.
Quando o proteinado tem também adicionado em sua composição um ionóforo, aditivo que melhora o funcionamento ruminal, aumentando o aporte de energia, diminuindo a produção de metano, melhorando a disponibilidade de proteína, controlando o pH ruminal e melhorando a digestão com consequente melhora no desempenho animal e menores riscos nutricionais (Figura 1).
Os ionóforos são aditivos que são consumidos em pequena quantidade e modificam a população de bactéria ruminais diminuindo aquelas menos eficientes e aumentando as de fermentações mais desejáveis.
Existem vários ionóforos no mercado e todos com vários trabalhos mostrando eficiência, porém por questões comerciais, as empresas usam moléculas diferentes e o produtor deve adquirir o produto da fabricante de sua confiança, pois a análise para averiguação da presença do aditivo no proteinado não é fácil, nem barata.
É importante que o produtor tenha controle do consumo e do desempenho animal para poder avaliar os resultados econômicos da suplementação, além de ter uma boa oferta de forragem, mesmo que de qualidade inferior. A suplementação mineral ou proteica não substitui a pastagem, mas melhora a aproveitamento do capim disponível, mesmo que de qualidade inferior, melhorando o desempenho animal.
A quantidade e a composição do proteinado deve ser recomendada de acordo com a categoria animal a ser suplementada, de acordo com a disponibilidade de forragem e desempenho animal desejado. Não há milagre e o fator que mais influenciará nos resultados é a oferta de forragem.
A utilização de uma mistura múltipla (proteinado) na seca adicionando uma maior quantidade de proteína e o uso de aditivos melhora o desempenho animal nessa época do ano.