Para melhorar o manejo de plantas forrageiras, é importante dividir bem as pastagens. Quando o manejo é bem-feito se consegue colher adequadamente a forragem em seu maior potencial de produção e qualidade, melhora as taxas de lotações e o desempenho animal, além de aumentar a longevidade das pastagens, evitando reformas. Pastos usados corretamente podem ser adubados e ter a taxa de lotação aumentada, porém pastagens mal manejadas podem inviabilizar o uso de sistemas intensivos adubados e/ou irrigados.
O primeiro passo para se manejar bem as pastagens é um bom projeto para sua divisão. Pastos bem divididos facilitam a operação de mudança dos lotes nas alturas adequadas de entrada e saída, facilitando o consumo uniforme das pastagens e o manejo do gado.
O pastejo rotacionado não é a única maneira de se manejar bem as forrageiras, porém facilita o manejo, pois toda vez que um piquete está com na altura ideal de saída, que respeita a altura do meristema apical e preserva a planta, o gado é movimentado para outro pasto que está na altura de entrada ideal, 95% de interceptação luminosa, ou seja, altura que a planta tem máxima quantidade de forragem de qualidade. Entre um pastejo e outro temos um período de descanso que permite à planta recuperar suas reservas e acumular massa novamente.
Quando o manejo é bem realizado, se aumenta a eficiência de pastejo, e uma maior quantidade de forragem é colhida pelos animais e se pode aumentar a taxa de lotação com mais cabeças por área. Assim como o produtor de grãos colhe toda sua produção e trabalha para que as perdas na colheita sejam mínimas, também o manejador de pastos tem obrigação de colher o máximo de forragem produzida.
O pastejo tem que respeitar uma altura mínima da forrageira que não prejudica a planta, permitindo uma rebrota rápida e competitiva com as invasoras e isso permite que a pastagem não degrade aumentando o período entre reformas ou mesmo evitando.
Pastagens muito grandes permitem um pastejo desuniforme, mais intenso próximo à água e cochos e mais leniente longe destes, fazendo com que as pastagens fiquem desigualadas, com sobra em algumas partes e falta em outras contribuindo para sua degradação.
Em áreas adubadas e/ou irrigadas o problema de mal manejo é mais evidente, pois nesses sistemas o acúmulo de massa é mais rápido e a planta necessita uma observação mais cotidiana pois, em pouco tempo, pode passar do momento de retirada ou entrada do gado. Pastos intensivos dificilmente funcionam se o manejo não for adequado.
Pastagens bem divididas e manejadas são mais eficientes, produtivas e longevas.