A produção global de carnes (bovina, frango e suína) em 2022 deve crescer 1,4%, atingindo 361 milhões de toneladas, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). O aumento deve ser motivado pela recuperação de carne suína na China. Apesar da expectativa de crescimento para o ano, a taxa será menor do que a verificada em 2021, que foi de 4,5%.
Com relação à produção por proteínas, a suína deve apresentar o maior crescimento no ano, com 2,5% (125,6 milhões de toneladas), seguida da carne bovina, com aumento de 1% (73,2 milhões de toneladas). Já a produção de carne de frango deve crescer apenas 0,8%, com 138,8 milhões de toneladas.
O relatório da FAO diz que “a expansão é liderada principalmente por forte crescimento na produção estimada de carne na China e notáveis aumentos no Brasil, Austrália e Vietnã, parcialmente compensados por declínios esperados na União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Irã e Argentina.”
A China é o país que mais vai colaborar para esse crescimento global. Na média, o país asiático vai ter um crescimento de 4,4% em 2022, com 96 milhões de toneladas. A maior parte, no entanto, está ligada ao crescimento na produção de carne suína, que deve ser de 8%, ou 58 milhões de toneladas. O número é maior do que o registrado antes do surto de Peste Suína Africana.
A organização da ONU afirma que o Brasil vai produzir mais carne, se beneficiando do status de área livre de doenças, ajudando na demanda global. A FAO teme que o aumento dos custos de produção e a diminuição das margens de lucro podem prejudicar essa previsão.
Na Austrália, há bastante gado à disposição e melhores condições de mão de obra devem ajudar na expansão da produção de carnes bovina e ovina no país.
Na Europa e Estados Unidos a situação é inversa. Quantidade de gado terminado é menor, estoques de rebanho mais baixos, doenças animais e margens de lucro menores podem reduzir a produção de carne ou desacelerar.
O relatório da FAO diz ainda que “expansões moderadas das importações em vários países, incluindo os Estados Unidos, Reino Unido e Irlanda do Norte, provavelmente serão parcialmente compensadas por um declínio acentuado nas importações da China, entre outros.”
Da Redação, com informações do CarneTec Brasil.