As pastagens brasileiras, na maior parte da área, têm sido trabalhadas sem o uso de corretivos e adubos, porém mesmo em épocas de elevados preços as pastagens continuam respondendo economicamente às adubações.
A amostragem de solo é o primeiro passo para determinar um programa de correção e adubação das pastagens. Ela deve ser feita nessa época do ano, pois haverá tempo para analisar os resultados, aplicar calcário e quando chegar as chuvas, com o solo corrigido, iniciar as adubações. Em áreas onde não se fará movimentação de solo e a calagem e adubação será feito em superfície, sobre a pastagem, pode ser feita de 0-10 cm de profundidade. Em áreas de reforma, com preparo de solo recomenda-se 0-20 cm e em áreas que será feito a gessagem, recomenda-se duas amostragens, 0-20 e 20-40 cm, para determinar necessidade de correção em maiores profundidades.
O calcário deve ser aplicado o quanto antes, pois mesmos os produtos mais finos necessitam de um tempo de reação no solo, além da presença de umidade. Sendo aplicado no cedo, quando chegar as chuvas, a partir de setembro e outubro, pode-se iniciar as adubações.
A fosfatagem quando feita com adubos solúveis como MAP, DAP, superfosfato simples e triplo proporcionam melhores respostas em áreas intensivas, porém em projetos sem o uso de nitrogênio ou em pequenas quantidades (50 kg N/ha.ano) tem-se conseguido boas respostas com o fosfato natural reativo importado, mais disponível no solo que os nacionais e com resposta agronômica boa.
Em áreas intensivas, irrigadas ou não, é necessário fazer uma correção de todos os nutrientes que impactam na produção como fósforo, potássio, nitrogênio e micronutrientes. Essas áreas são intensivamente adubadas para elevadas taxas de lotações e consequentemente o manejo é extremamente importante para o bom aproveitamento do capim e o pastejo rotacionado é o mais recomendado para as elevadas taxas de lotação obtidas (Figura 1).
A adubação orgânica não deve ser descartada pois além de excelentes fontes de nutrientes, em tempos de preços elevados dos adubos comerciais tem se tornado bastante viáveis. São muitas as opções desde os estercos animais, biofertilizantes, humus, organominerais e outros produtos disponíveis regionalmente. A análise do material a ser usado é fundamental pois há uma variação grande na composição desses produtos, bem como na sua umidade.
Muitos produtos têm surgido com maior eficiência, exemplo das ureias tratadas para diminuir volatilização e fosfatos protegidos, bem como materiais menos nobres, oriundos de rochas nacionais, de menor concentração e disponibilidade, porém econômica em muitas regiões próximas às minas.
A análise de solos, escolha das fontes e estratégia de adubação bem como o manejo de pastagens são fundamentais para se ter resultados satisfatórios na correção da fertilidade e adubação de pastagens.