A inadimplência média das operações de crédito ficou estável em 2,3% entre maio e junho, conforme dados apresentados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira.
Entre as empresas, a taxa média ficou em 1,5%, sem mudança. Entre as famílias, foi de 2,9% em junho, leve queda em relação aos 3% de maio.
No crédito com recursos livres, a inadimplência ficou em 2,9%, após se situar em 3% em maio. No crédito direcionado, foi de 1,4%, estável.
O BC mostrou ainda que a taxa de juros média anual cobrada pelo sistema financeiro nas operações de crédito permaneceu estável em 19,9% entre maio e junho. Em 12 meses, houve alta de 0,4 ponto.
A taxa cobrada das pessoas jurídicas, por sua vez, saiu de 12,5% para 12,4%. Para as pessoas físicas, a taxa ficou estável em 24,6%.
Nos recursos livres, a taxa média variou de 28,5% em maio para 28,3% em junho.
Já o spread, que mede a diferença entre as taxas que os bancos cobram nos empréstimos e o custo de captação desses recursos, saiu de 14,5 pontos percentuais em maio para 14,3 pontos um mês depois.
Nas operações de crédito com pessoas físicas, o spread ficou em 19,4 pontos percentuais, contra 19,5 pontos em maio. No crédito às empresas, ficou em 6,2 pontos em junho, contra 6,7 pontos no mês anterior.
Durante entrevista coletiva, o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, destacou que, em linhas gerais, houve em junho estabilidade nas taxas de juros, com “pequena redução nos spreads”. “Esse cenário de juros estáveis também contribui para o desempenho das operações”, disse. Já a inadimplência, apontou, permanece em níveis baixos.