O mercado norte-americano é a opção do Brasil para diminuir a dependência do mercado chinês para a carne bovina. Os Estados Unidos vivem um momento de redução na produção da carne bovina. Esse é o momento de ganhar o novo mercado, explica o site Agrifatto. A informação é do CarneTec.
O consultor Yago Travagini, em análise publicada no perfil do Instagram da Agrifatto na sexta-feira (27), disse que “ainda que o Sudeste Asiático, a Índia, países populosos, até mesmo na África, possam ser grandes importadores de carne bovina no futuro, hoje, a grande opção para o Brasil se ver um pouco mais distante da dependência chinesa são os EUA.”.
A China tem se tornado um importador instável e isso provoca desestabilidade no setor. Na semana que passou ela suspendeu as importações de carne brasileira de mais 4 plantas. Mesmo quando anuncia que a suspensão é por uma semana, o prazo raramente é observado.
Este é um momento de oferta apertada por parte dos produtores norte-americanos, abrindo portas para aumentar as exportações brasileiras. Fato é, que isso já vem acontecendo naturalmente.
A consultoria Agrifatto registra que, em 2022, os Estados Unidos deverão terminar o ano com o menor estoque final em seu rebanho em 8 anos, com 90 milhões de cabeças. Os dados são do Departamento da Agricultura dos EUA citados pela consultoria.
Nos primeiros 4 meses deste ano, os Estados Unidos compraram 79,2 mil toneladas de carne bovina brasileira. Um crescimento de 244% em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado. Os dados são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
Esse é um grande momento em que a bovinocultura brasileira atravessa, podendo, inclusive, mudar um pouco o volume de receitas, uma vez que o mercado americano paga melhor do que o chinês. Para isso, no entanto, é necessário acordo comercial com os Estados Unidos, com políticas públicas voltadas para o negócio.
Da Redação