A chamada inflação de “porta de fábrica”, sem impostos e fretes, acelerou para 1,31% em junho, segundo o Índice de Preços ao Produtor (IPP), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, os preços tinham subido 0,99% (dado revisado), após alta de 2,19% em abril.
O dado de junho marcou dois recordes para os resultados acumulados no ano e em 12 meses. De janeiro a junho, a alta acumulada foi de 19,11%, a maior já registrada na série histórica, iniciada em 2014. Já o resultado em 12 meses – de julho de 2020 a junho de 2021 – chegou a 36,81%, também o maior da série histórica da pesquisa. Até maio, o acumulado em 12 meses era de 35,85% (dado revisado).
Dezoito das 24 atividades acompanhadas pelo IPP tiveram alta de preços em junho, ante 17 em maio. As maiores influências para a evolução de 1,31% do IPP em junho vieram de indústrias extrativas, com avanço de 8,71% e impacto de 0,60 ponto percentual, e de outros produtos químicos, com variação de 2,16% e contribuição de 0,19 ponto percentual.
O IPP da indústria é formado por dois índices: o da indústria de transformação e o da indústria extrativa. A taxa na indústria de transformação ficou em 0,76% em junho, ante 1,09% em maio (dado revisado de 1,11%). Já o IPP da indústria extrativa foi de 8,71% em junho, após baixa de 0,43% em abril.