23/05/2022 às 09h33min - Atualizada em 23/05/2022 às 09h33min

Agronegócio exporta US$ 14,86 bilhões e bate recorde no mês de abril

As exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 14,86 bilhões em abril, valor recorde para o mês. O número representa alta de 14,9% em comparação com abril de 2021. Segundo o governo, a elevação dos preços dos alimentos no mercado internacional explica o incremento no valor das exportações, mesmo após queda no volume embarcado (-13,2%), conforme levantamento da Secretaria de Comércio e de Relações Internacionais (SCRI), do Ministério da Agricultura.

O agronegócio brasileiro registrou 51,5% de market share sobre o total exportado pelo Brasil. Os produtos exportados que mais se destacaram no mês de abril foram os do complexo soja (óleo, grão e farelo), carnes bovina e de frango e café. Enquanto isso, as importações do setor foram de US$ 1,32 bilhão em abril (alta de 14,8%), justificadas pela expansão dos preços médios.

Segundo o levantamento, o complexo soja (grãos, farelo e óleo) é o principal setor exportador do agronegócio brasileiro, com vendas de US$ 8,09 bilhões em abril deste ano. "As exportações do setor foram influenciadas principalmente pela expansão dos preços médios de exportação, que subiram 41,4% em relação a 2021", disse o ministério.

A soja em grão é o principal produto do setor e da pauta de exportação do agronegócio brasileiro, registrando uma exportação de US$ 6,73 bilhões em abril de 2022, uma alta de 1%, porém com redução do volume exportado, de 16,1 milhões de toneladas em abril de 2021 para 11,5 milhões de toneladas em 2022 (-28,8%). A China é a maior compradora de soja em grãos do Brasil, com 7,5 milhões de toneladas (-35,2%), e representou 65,6% do total exportado.

As exportações de farelo de soja aumentaram de US$ 630,41 milhões, em abril de 2021, para US$ 939,97 milhões, em 2022 (+49,1%). A quantidade exportada subiu para 1,72 milhão de toneladas (+23,7%), enquanto o preço médio de exportação subiu 20,5%.

A União Europeia foi o principal destino de farelo de soja do Brasil, com US$ 434,6 milhões (+43,3%). Outros grandes importadores foram: Vietnã (US$ 133,74 milhões; +335,3%); Indonésia (US$ 121,87 milhões; +154,8%); e Tailândia (US$ 112,28 milhões; +15,5%).

Ainda no setor, as exportações de óleo de soja subiram para US$ 415,71 milhões no mês em análise (+81,3%). O volume vendido ao exterior subiu 24,6%, alcançando 260,2 mil toneladas.


Carnes

As vendas externas de carnes alcançaram US$ 2,15 bilhões em exportações em abril de 2022. O valor foi 36,9% superior aos US$ 1,57 bilhão exportados no mesmo mês de 2021.

As exportações de carne bovina registraram o valor recorde de US$ 1,1 bilhão em abril (+56,2%), com expansão do volume exportado (+22,1%) e do preço médio de exportação (+27,9%).

A China também se destacou nas aquisições de carne bovina brasileira, com US$ 675,06 milhões (+118,3%) dos US$ 1,1 bilhão exportados. O montante representou 61,3% do valor total exportado. O segundo principal importador foram os Estados Unidos, com US$ 79,9 milhões (+22,7%).

Nas exportações de carne de frango, o valor alcançado é recorde para toda a série histórica, com US$ 802,8 milhões (+34,3%). A quantidade exportada de carne de frango subiu 5,6%, enquanto o preço médio de exportação subiu 27,2% comparado a abril de 2021.

Os principais países importadores foram: China (US$ 100,3 milhões; -1,1%); Emirados Árabes Unidos (US$ 90,16 milhões; +129,3%); Japão (US$ 84,49 milhões; +50%); e Arábia Saudita (US$ 76,43 milhões; +12,5%).


Café

O setor cafeeiro exportou US$ 734,16 milhões, valor 43,5% acima dos US$ 511,67 milhões de vendas externas em abril de 2021. De acordo com a análise da SCRI, o fator preço é preponderante para a elevação desse valor.

As vendas externas de café verde atingiram a cifra recorde de US$ 679,38 milhões no mês estudado, aumento de 46,1% na comparação com os US$ 464,92 milhões exportados no mesmo mês em 2021. O recorde nas exportações ocorreu em virtude do incremento de 82,7% no preço médio, porque a quantidade exportada caiu 20%.

A maior parte do café exportado pelo Brasil é remetido à União Europeia, que adquiriu US$ 406,99 milhões (+67,7%), ou seja, 59,9% do valor exportado. O segundo maior importador foram os Estados Unidos, com registros de US$ 94,78 milhões (+8,1%) ou uma participação de 13,9% sobre o total.

Outro produto é o café solúvel, que teve elevação de 10,3% nas vendas externas, atingindo US$ 45,86 milhões. O preço médio de exportação subiu 26%, e a queda do volume exportado foi de 12,4%.


Conteúdo Estadão

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