11/05/2022 às 12h16min - Atualizada em 11/05/2022 às 12h16min

Guerra e preços de alimentos aumentam riscos de agitações sociais em países como Brasil

Relatório da auditoria de risco Verisk Maplecroft sugere que três quartos das nações começam a indicar que poderão ter agitações civis por causa dos preços e da falta dos alimentos. Essa avaliação também é feita pelo Banco Mundial.

Além da guerra da Rússia contra a Ucrânia, o relatório indica que o aumento dos preços dos combustíveis e dos alimentos vão “inevitavelmente” aumentar os riscos de agitações sociais nos países em desenvolvimento e de renda média. O relatório lista entre esses países, o Brasil e o Egito. A informação é do site especializado em economia MoneyTimes.

Um trecho do relatório, afirma que “ao contrário dos países de baixa renda, eles eram ricos o suficiente para oferecer proteção social durante a pandemia, mas agora têm dificuldades para manter os altos gastos sociais que são vitais para manter os padrões de vida de grandes setores de suas populações.”.

Países como Argentina, Tunísia, Paquistão e Filipinas também estão na lista de nações a serem observadas nos próximos seis meses, diz o relatório, por causa da alta dependência de importações de alimentos e energia.

O MoneyTimes registra que “a guerra da Rússia na Ucrânia acelerou a disparada dos preços de alimentos, cuja inflação atingiu um pico recorde em fevereiro e novamente em março. Os preços de energia também têm subido acentuadamente.”. Como não há solução para a guerra em um horizonte próximo, “a crise global do custo de vida continuará até 2023”, diz o relatório.

Agitações sociais, mais do que dificultar a recuperação econômica, afugenta investidores preocupados com a governança ambiental, social e corporativa, anota o documento, que também indica que, já durante a pandemia, 50% dos quase 200 países que existem no mundo (um pouco mais, no entanto, mais nem todos associados à ONU) registraram algum tipo de agitação civil. 

 

Da Redação

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