O preço do algodão em pluma fecha o mês de março em alta e batendo recordes nominais registrados desde 1996 pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Agrícola (Cepea). Os motivos são dois. Primeiro, à firme posição dos vendedores. Segundo, à forte valorização dos contratos na Bolsa de Nova Iorque (ICE Futures)
Na semana de 22 a 29 de março o indicador Cepea/Esalq do algodão em pluma cresceu 3,25%. Fechou a R$ 7,2799 libra peso (lp) terça-feira, 29. Na parcial de março, a elevação é de 5,72%. Segundo colaboradores do Cepea, boa parte das indústrias têm utilizado produtos em estoque e/ou recebido a matéria-prima de contratos a termo, evitando adquirir novos lotes nos atuais patamares de preços.
Algumas empresas trabalham com a capacidade reduzida, visto que ainda há dificuldades nas vendas e no repasse de valores ao longo da cadeia têxtil. Agentes indicam que o movimento no varejo ainda está enfraquecido, diante do fragilizado poder de compra da população.
Já os vendedores seguem pedindo preços maiores, o que limita a liquidez no spot. Além do preço, a qualidade também é um fator limitante para as negociações, uma vez que há divergências entre a qualidade exigida por indústrias e a disponibilizada por vendedores.
Da Redação, com Cepea