As operações do Tesouro Direto atingiram R$ 2,34 bilhões no mês de junho, num total de 416.922 operações, informa o Ministério da Economia no Balanço do Tesouro Direto, divulgado nesta terça-feira (27). Os resgates realizados no período somaram R$ 1,53 bilhão, de forma que no período houve emissão líquida de R$ 807,07 milhões.
Títulos indexados à inflação foram os mais procurados no mês, com operações que somam R$ 1,01 bilhão e corresponderam a 43,37% do total. Foram seguidos de perto pelos títulos indexados à taxa Selic (Tesouro Selic), cujas vendas chegaram a R$ 1 bilhão, representando 42,84% das vendas. Títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 323,12 milhões em vendas, ou 13,80% do total.
Nas recompras, predominaram os títulos indexados à taxa Selic, que somaram R$ 688,39 milhões (44,85%). Os títulos remunerados por índices de preços totalizaram R$ 526,15 milhões (34,28%) e os prefixados, R$ 320,29 milhões (20,87%).
Quanto ao prazo, a maior parcela de vendas se concentrou nos títulos com vencimento entre 5 e 10 anos, representando 52,50% do total. As aplicações em títulos com vencimento acima de 10 anos alcançaram 13,61%, enquanto os títulos com vencimento de 1 a 5 anos corresponderam a 33,89% do total.
A base de investidores ativos seguiu em alta no mês de junho, atingindo 1.558.647 pessoas. O número de investidores cadastrados aumentou 501.242, chegando à marca de 11.495.273.
O estoque de aplicações no Tesouro Direto atingiu R$ 66,34 bilhões, um aumento de 2,06% em relação ao mês anterior. Desse volume, R$ 36,22 bilhões, ou 54,59% do total, são papéis atrelados a índices de preços. Os corrigidos pela taxa Selic são R$ 16,83 bilhões, ou 25,37%, e os títulos prefixados, que somaram R$ 13,29 bilhões, 20,04%.
A maior parcela do estoque é formada por papéis que têm vencimento entre um e cinco anos. São R$ 37,05 bilhões, ou 55,85% do total. Em seguida, estão os papéis com prazo acima de cinco anos, que somam R$28,43 bilhões (42,85%). Com vencimento até um ano, são R$ 861,87 milhões, ou 1,30% do total.
Por causa da alta nos juros de mercado, alguns os papéis do Tesouro Direto tiveram rentabilidade negativa no mês. A maior perda é registrada no Tesouro IPCA+ 2045, com -6,5%, seguida por Tesouro IPCA+2035, com –3,50%.
“Cabe esclarecer que os valores negativos são decorrentes do aumento nas taxas de juros de mercado ocorridas no período”, diz o boletim. Os preços dos títulos ao final de maio ficaram, em alguns casos, inferiores aos apurados ao final de abril.
Porém, se o investidor carregar o título até o vencimento, recebe a rentabilidade acordada no momento da compra. “Por exemplo, o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055, que apresentou rentabilidade negativa no mês de maio, pagará, em seu vencimento, em torno de 4,42% a.a., acrescido da variação do IPCA no período, para aqueles que o adquiriram em 30/04/2021”, informa o boletim.