07/03/2022 às 10h38min - Atualizada em 07/03/2022 às 11h31min

Sem óleo de girassol e de palma da Rússia, Ucrânia e Indonésia, óleo de soja bate recordes

A guerra e a suspensão da venda do óleo de girassol da Rússia e da Ucrânia e a redução do óleo de palma produzida pela Indonésia provocaram um aumento da procura do óleo de soja e elevou os preços do produto no mercado internacional. A informação é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O significativo aumento pela procura levou a um patamar recorde nos Estados Unidos e no Brasil.

Além disso, a valorização do petróleo também eleva o interesse por biodiesel, que tem o óleo de soja como a principal matéria-prima. Do lado da oferta, há incertezas quanto à disponibilidade do derivado na Argentina (principal exportadora mundial de derivados de soja), devido à menor colheita do grão nesta temporada.

O cenário levou os importadores a buscar o óleo de soja no Brasil e nos Estados Unidos. Na Bolsa de Chicago, o contrato de primeiro vencimento do óleo foi a US$ 0,7954 lp (contratos de curto prazo) ou US$ 1.753,54 por tonelada, ainda na quarta-feira (2). O maior valor da história. Os prêmios de óleo de soja também subiram no Brasil, dando sustentação às cotações domésticas.

Na cidade de São Paulo, o preço do derivado (com 12% de ICMS) subiu 5,1% entre 24 de fevereiro e 3 de março, para R$ 9.124,17 a tonelada na quinta-feira, 3 – o maior valor da série do Cepea, iniciada em julho de 1998.


Da Redação, com Cepea


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