Dois grãos produzidos pelo Brasil fazem caminhos opostos em relação ao preço neste início de ano. O arroz, mesmo no início da colheita, apresenta alta nos preços, enquanto o café arábica, após recordes nominais nos primeiros 15 dias de fevereiro, recuaram nos últimos dias. A informação é do indicado do Centro de Estudos e Pesquisa em Economia Aplicada (Cepea) com o Instituto Rio-Grandense do Arroz (IRGA-RS) e Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba.
O arroz tem pressão de alta por causa das dúvidas em relação à colheita que vai resultar da safra 2021/2022. A estiagem deve provocar uma quebra na safra que ainda não é conhecida. A oferta deve diminuir. Na semana entre 15 e 22 de fevereiro o arroz subiu 1,87%. O preço da saca de 50 quilos está em R$ 73,69. Se a comparação for feita apenas a partir do dia 1º de fevereiro, a alta é de expressivos 15,1%. Compradores seguem com cautela, realizando apenas negócios pontuais.
Após alcançarem novos recordes nas duas primeiras semanas de fevereiro, o café arábica recuou na terceira semana. Nesta terça-feira (22) o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto no estado de São Paulo, fechou a R$ 1.453,13/ a saca de 60 kg. Uma forte queda, de R$ 46,24 a saca. Queda de 3,08% na comparação com terça-feira passada (15). A pressão de baixa sobre os valores do arábica veio das desvalorizações dos (mercados) futuros da variedade e do dólar. Diante disso, agentes se afastaram do mercado spot (à vista) nacional, reforçando a baixa liquidez. Já o café robusta apresentou pequenas oscilações nas últimas semanas. Vendedores estão retraídos do spot, devendo negociar maiores volumes apenas com a aproximação da colheita ou diante de nova valorização.
Da Redação.