18/01/2022 às 12h00min - Atualizada em 18/01/2022 às 11h32min

Prejuízos da suinocultura devem se manter no primeiro semestre de 2022

Os prejuízos que a suinocultura brasileira sofre em 2021 deve se estender nos primeiros meses de 2022, segundo a Associação Brasileira de Suinocultura (ABCS), informa o site especializado em economia, MoneyTimes. Os preços vão continuar retraídos e os custos de produção elevados.

O site de economia reproduz nota do presidente da ABCS, Marcelo Lopes, onde ele diz que “a grande preocupação é a recuperação da demanda do mercado doméstico para absorver o aumento da produção”.

Na verdade, ao contrário do mercado externo que se comporta dentro das expectativas, o mercado interno sofre com um superoferta e pressiona os preços em todo o território brasileiro. Esse movimento começou ainda em dezembro passado.

A entidade afirma ainda que “esta queda de preços é resultado do elevado crescimento da produção de suínos dos últimos anos, coincidindo com uma crise econômica em que a inflação nos dois dígitos, o PIB estagnado e o desemprego corroem o poder aquisitivo do consumidor”.

Temos ainda a tradicional retração do mercado de carne suína no início de todo ao, após as vendas das festas no final de dezembro. A tradição mostra que isso também acontece no mercado externo. “O que agrava o desequilíbrio entre oferta e procura, pressionando ainda mais os preços para baixo”, ressalta a entidade.

As primeiras contas indicam que 2021 tenha tido uma produção de 4,8 milhões de toneladas. Mais 30% em relação aos últimos cinco anos, e de 16% em relação aos últimos dois anos. A projeção definitiva vai ser anunciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 10 de fevereiro.

Em relação aos custos de produção, a entidade observa que o primeiro semestre será um período ainda de preço elevado do milho, já que a maior parte da produção é colhida na segunda metade do ano, mas sem risco de desabastecimento.

Os custos e produção devem permanecer no primeiro semestre de 2022 em função dos altos custos do milho e derivados. Ele é a base da alimentação do suíno. “Embora a primeira safra preocupe, a perspectiva é melhor do que no ano passado, pois tudo indica que a segunda safra resultará em quantidades suficientes para manter o preço do principal insumo em patamar mais baixo que em 2021. Por outro lado, outros custos indexados à inflação como tarifas públicas, combustíveis e mão de obra devem onerar ainda mais a produção”, explicou Lopes, ao MoneyTimes.


Da Redação.

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