As exportações e a alta demanda interna elevaram os preços da carne de frango. Eles atingiram recordes reais em 2021, informa o Centro de Estudos de Políticas Econômicas Aplicada (Cepea).
Diante do menor poder de compra de grande parte da população brasileira, a proteína de origem avícola ganhou destaque no cenário nacional de carnes, o que resultou na disparada de preços.
Nos primeiros meses do ano, os valores da carne de frango estiveram, como de costume, enfraquecidos. No entanto, a partir de maio, a procura interna aumentou, influenciada pelo fato de o preço desta proteína avícola ser mais barata frente aos das concorrentes e pela flexibilização das medidas restritivas impostas em muitas cidades para conter o avanço da pandemia de covid-19.
Esse cenário, aliado ao bom desempenho das exportações brasileiras da carne, resultou em um movimento de alta nos preços, que persistiu por cinco meses consecutivos – de maio a setembro.
Assim, em setembro, o frango inteiro resfriado foi negociado no atacado da Grande São Paulo na média de R$ 8,41 o quilo, recorde real da série história do Cepea, iniciada em 2004 (os valores mensais foram deflacionados pelo IPCA de novembro/21).
E, apesar do enfraquecimento da procura e da consequente retração do preço a partir de outubro, devido à resistência do consumidor final em pagar valores elevados pela carne de frango, em 2021 (até o dia 28 de dezembro), o frango inteiro resfriado teve média de R$ 7,14 o quilo, sendo 26% acima da verificada no mesmo período de 2020 e um recorde.
Da Redação, com Cepea.