A Balança comercial do Agronegócio do estado de São Paulo, entre janeiro e maio deste ano, apresentou déficit de US$ 6,56 bilhões. Em relação ao mesmo período do ano passado, as exportações aumentaram em 24% e as importações cresceram 18,8%. As informações são do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
No período, as exportações somaram US$ 20,17 bilhões e as importações foram de US$ 26,73 bilhões. As exportações representaram 18,6% de tudo o que o país vendeu. São Paulo importou 32,8% do que o país comprou. Portanto, nos cinco primeiros meses deste ano, o déficit foi de 5,3%.
Maior polo industrial do país, São Paulo tem uma produção diversificada e de grande valor agregado. Com esse cenário, o estado representou nesse período do ano 32,8% nas importações realizadas pelo país. O levantamento indica que os produtos produzidos em outros estados acabam pagando impostos no estado importador. Esse seria o motivo pelo qual os dados de importação são sempre maiores do que os exportados.
Em cinco meses deste ano as exportações cresceram. Em maio elas aumentaram 42,0% e as importações, 50,4%, A retomada plena de algumas atividades por alguns setores, principalmente do agronegócio, e a valorização do dólar. Desde fevereiro de 2020, antes da pandemia, o Real se desvalorizou 22%.
Agronegócio
A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado é de 36,8%, enquanto a participação das importações setoriais é de 7,1% (Figura 1). O agronegócio paulista aumentou as exportações em 9,4% com as importações em queda de meio ponto percentual. As vendas somaram US$ 7,42 bilhões e as importações foram de US$ 1,89 bilhão. Por isso, com tais números, o Estado de São Paulo teve um supevávit de US$ 5,53 bilhões. O que significa um crescimento de 13%,
Agronegócio paulista
Encabeça os cinco principais grupos de exportação no campo paulista o complexo sucroalcooleiro que, no período, exportou US$ 2,31 bilhões (87,9% de açúcar e 12,7% de álcool), o complexo soja que vendeu ao exterior US$ 1,35 bilhão, o de carnes, que exportou US$ 917,38 milhões (86,7 em carne bovina), o grupo chamado Florestais negociou US$ 628,86 milhões (48,6% de papel e 36,4% celulose) e o quinto grupo, os Sucos, chegaram a US$ 622,41 milhões (a maior fatia para suco de laranja). O produto pelo qual o estado ficou conhecido, o café, está em sexto lugar. Exportou entre janeiro e maio de 2021 US$ 305,14 milhões, mais de 75% café verde. Os cinco primeiros setores correspondem a 78,7% de tudo o que o Estado vendeu.
Houve grandes variações na exportação de alguns setores. O complexo sucroalcooleiro vendeu mais 29,3%, carnes 2.6% e os sucos, 9,9%. O café teve um crescimento de 15,9%. Os complexos soja, com menos 2,5%, e os produtos florestais perderam 7,8% do mercado externo.
Agronegócio paulista segura a balança
Os outros produtos da pauta de exportação do estado de São Paulo foram US$ 12,75 bilhões e as importações chegaram a US$ 24,84 bilhões. Portanto, o déficit é de US$ 12,09 bilhões. Chega-se à conclusão de que, se não fosse o agronegócio, a situação teria sido pior. Apenas o agro teve um superávit de US$ 5,53 bilhões. Todos esses dados se referem ao período de janeiro a maio deste ano.
Exportações do agronegócio por grupos de produtos
O complexo sucroalcooleiro (US$2,31 bilhão). O açúcar representou 87,9%;, A soja, que exportou US$1,35 bilhão. As carnes, com US$917,38 milhões (a bovina respondeu por 86,7%). O grupo florestal, com vendas no exterior de US$628,86 milhões (o papel representou 48,6%) e os sucos, com US$622,41 milhões (96,9% suco de laranja). O café fica em sexto lugar com US$305,14 milhões. Apenas esses cinco produtos representaram 78,7% das vendas externas setoriais paulistas.
O setor sucroalcooleiro vendeu mais 29,3%, as carnes 2,6% e sucos 9,9%. O grupo café cresceu 15,9%. O complexo soja vendeu menos 2,6% e os produtos florestais, menos 7,8%. As oscilações ocorrem porque as receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.
Exportações dos Principais Produtos do Agronegócio Paulista
O sucroalcooleiro representa a maior participação, com 31,6%, nas exportações paulistas. Cresceu 29,3% em valores e 17,3% em volumes exportados, puxados pela venda de açúcar, 31,6% em valores e 16,7% em volume. Os embarques de álcool aumentaram 24,6% em volume e de 14,6% em valores, quando comparados com o mesmo período de 2020. Os destinos: China (10,2%), Argélia (8,0%), Indonésia (7,6%), Arábia Saudita e Bangladesh (ambos com 7,3%), Nigéria (6,8%) e Malásia (5,0%).
O complexo soja teve desempenho negativo, com queda de 22,5% e em valores menores, em 2,6%. A China (76,9%) é o principal destino em termos de participação de valores, seguida da Tailândia (5,2%).
O grupo de carnes conseguiu aumento em valores 2,6% e queda em volume 5,5% em relação aos cinco primeiros meses de 2020. A carne bovina registrou aumentos de 5,7% em valores e de 0,6% em volume exportado. O frango foi de retração em valores (-15,4%) e em volumes (-16,0%). A carne suína apresentou elevações de 49,0% em valores e de 22,8% na quantidade embarcada. Os principais destinos: China (44,8%), Estados Unidos (16,2%), Hong Kong (7,5%), União Europeia (6,6%), Filipinas (3,3%) e Reino Unido (2,0%); os demais países compradores somam 19,6% de participação.
Os produtos florestais sofreram quedas de 7,8% em valores e 2,7% em volume em relação ao ano anterior. O produto papel, principal item do grupo na pauta paulista, obteve variação negativa quanto aos valores (-15,6%) e ao volume (-10,7%). O principal destino em participação de valores exportados é a União Europeia (19,3%), seguida de China (15,2%), Estados Unidos (14,2%), Argentina (7,9%), e Chile e Reino Unido (ambos com 4,9%).
O suco de laranja exibiu queda 3,9% no valor e aumento de 3,9% em volume exportado. Para o suco não congelado, as vendas externas cresceram em valores 23,2% e em volume (26,1%). Os maiores compradores desse grupo são: União Europeia (60,4%), Estados Unidos (21,9%), China (5,3%), Japão (2,1%) e Reino Unido (1,9%).
Para o grupo do café, os resultados apontaram aumentos de 15,9% nos valores e de 21,2% no volume das exportações paulistas. O principal produto desse grupo é o café verde, que registrou aumento de 23,6% em valores e 25,3% em quantidades exportadas pelo estado.
As Importações do Agronegócio Paulista
Papel, com US$144,9 milhões, o trigo, com US$125,9 milhões e salmões US$109,8 milhões.
Da Redação