Levantamento do 12º boletim Prohort da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nesta sexta-feira (17), a uma semana para as festividades natalinas, informa que as frutas com melhores preços para a ceia de Natal e festas de final do ano são a lichia, a uva e o pêssego.
A lichia é uma fruta que tem a colheita justamente entre o final de um ano e o início do outro. Com isso, nesse período do ano, a oferta aumenta e provoca redução nos preços ao consumidor no varejo. Em novembro, as cotações da fruta registraram queda em torno de 52% enquanto a oferta teve forte aumento, em relação a outubro.
A análise realizada pela Conab sobre a comercialização de frutas e hortaliças nas principais Centrais de Abastecimento do país mostra ainda que a uva deve chegar nos mercados com preços acessíveis, sem disparada.
O superintendente de Estudos Agroalimentares e da Sociobiodiversidade da Conab, Marisson Marinho, afirma que “o volume da produção nacional deverá aumentar com o início das safras de Louveira/Indaiatuba (SP), Porto Feliz (SP) e Marialva (PR) em novembro e isso pode ser prenúncio de bons preços ao consumidor ou pelo menos estabilidade em dezembro”,
No caso do pêssego, a boa produtividade na safra deste ano tenderá a manter os valores mais acessíveis, com algumas reduções sendo observadas já em novembro.
Por sua vez, a ameixa nacional deve apresentar preços mais atrativos do que o produto importado. Cenário semelhante para a romã, na qual a boa produção nacional deve em alguma medida contrabalançar um pouco, em termos de preços, a fruta vinda do exterior.
Já cereja, figo e mirtilo apresentam tendência de elevação nas cotações. O comportamento de alta é explicado pela valorização do dólar que impacta no preço pago pelo produto importado, ou ainda no custo de produção dessas frutas.
Demais hortifrútis
Dentre as hortaliças mais comercializadas nos principais entrepostos atacadistas no país, destaque para o tomate. No último mês, o produto não apresentou comportamento uniforme entre as Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas.
A maior alta foi registrada em Recife, com variação de 35,85%. Por outro lado, a Ceasa de Vitória apresentou uma redução de 32,04% nos preços. No somatório geral, a oferta de tomate nos mercados observados aumentou quase 10%, em relação a outubro. Parte desse incremento foi provocado pelo aumento da temperatura em algumas regiões produtoras, que acelera a maturação do produto.
Além disso, a safra das águas (de verão) vem ganhando força. Esse aumento no ritmo de colheita da safra de verão deve manter uma tendência de queda de preços. Porém, as condições climáticas podem inverter essa expectativa, uma vez que chuvas intensas diminuem ou até paralisam a colheita.
A cebola continua a apresentar elevações de preços no atacado, após meses em queda. O movimento é esperado para o período, no qual a produção do bulbo se concentra na região Sul. Porém, a safra sulista não é capaz de compensar a menor oferta das Regiões Centro–Oeste, Nordeste e Sudeste, abrindo espaço para entrada de produto importado.
Seguindo o comportamento de alta, melancia e mamão tiveram elevações nos preços de comercialização na maioria das Ceasas em novembro. A menor oferta de ambas as frutas explica a subida das cotações.
Exportações
Os embarques de frutas em 2021 atingiram um novo recorde. No acumulado entre janeiro e novembro deste ano, o total de frutas frescas enviadas ao exterior foi de 1,11 milhão de toneladas, volume maior em 19,62% em relação ao mesmo período do ano anterior, com faturamento de US$ 1,09 bilhão, 21,47% acima daquilo que foi computado até novembro de 2020.
Destaque para os envios de mangas, melões, limões e limas, melancias, bananas, maçãs, uvas e mamões.
Da Redação, com Conab