19/11/2021 às 14h36min - Atualizada em 19/11/2021 às 14h39min

Em nota, CNA diz que carne brasileira é alvo de protecionismo Norte-americano

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) emitiu nota em que afirma que os Estados Unidos estão tentando adotar medida protecionista contra a carne brasileira exportada para aquele pais ou estão desinformados em relação a qualidade do produto brasileiro.

A nota é uma resposta à NCBA (a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) que pediu em documento oficial que o país pare de importar a carne in natura do Brasil alegando que não há controle sanitário e que os casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ou doença da Vaca Louca, colocam o rebanho americano em riscos.

A nota da Confederação divulgada nesta sexta-feira (19) explica que o Brasil seguiu todas as orientações d OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) após anunciar ainda e 4 de setembro dois casos atípicos da doença em Minas e no Mato Grosso e que a própria Organização da ONU respondeu afirmando que os casos não representam perigo.

Eles foram atípicos. Ou seja: eles não resultaram de contaminação a partir de insumos à base de proteína, quando os casos são típicos, e perigosos para rebanhos e humanos. A OIE afirma que os casos no Brasil foram em animais velhos e em função de degeneração celular e não contaminação.

Segundo a Folha de S. Paulo, o boicote americano à carne brasileira foi antecipada pela coluna de agronegócios do jornal Vaivém das Commodities.

Um dos argumentos a NCBA é que o Brasil não tem agilidade para comunicar os casos em seu território à OIE. E repete os dois casos atípicos registrados este ano.

A CNA reforça que não houve nenhum caso típico da doença no Brasil e que a OIE não fez qualquer tipo de abordagem sobre o assunto, com autoridades brasileiras. A entidade reforça que o Brasil tem um sistema sanitário acima da média mundial e é zona livre para aftosa.

Em um trecho divulgado pela Folha de S. Paulo, diz que o “Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, comercializando o produto in natura para mais de 100 países. Esse número reforça afirmativa de que cumprimos todas as exigências sanitárias firmadas pelos países que importam nosso produto."

Para concluir, a entidade lembra que diferentemente dos Estados Unidos, o Brasil nunca teve nenhum caso t´pico da doença. Nos Estados Unidos aconteceram casos típicos (perigosos) e 2003, 2005 e 2012.

 

A nota da CNA


Com relação ao pedido da Associação de Produtores de Carne dos Estados Unidos (NCBA), encaminhado ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) npara impedir a entrada da carne brasileira no mercado norte-americano temos que: O Brasil nunca teve qualquer caso de forma típica da Encefalopatia Espongiforme Bovina, o mal da vaca louca;

A legislação brasileira proíbe o uso de qualquer proteína animal para alimentação bovina, única causa de contaminação da doença pelos animais;

Ao contrário do Brasil, os Estados Unidos apresentaram três casos típicos da doença nos anos de 2003, 2005 e 2012;

Em relação aos casos atípicos da vaca louca, o Brasil cumpriu todos os trâmites exigidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE);

A OIE não notificou o Brasil sobre qualquer ação irregular cometida pelas autoridades sanitárias nacionais;

O Brasil tem um forte sistema de defesa sanitária, graças ao trabalho do governo brasileiro, em conjunto com os produtores rurais. O trabalho é reconhecido pela própria OIE, que nos últimos anos concedeu ao Brasil o status de zona livre de doenças como a febre aftosa e de risco insignificante para a vaca louca;

O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, comercializando o produto in natura para mais de 100 países. Esse número reforça a afirmativa de que cumprimos todas as exigências sanitárias firmadas pelos países que importam nosso produto.

Diante deste contexto, entendemos que, ou a NCBA está desinformada ou adota a postura protecionista com viés econômico e sem nenhum caráter sanitário.

A CNA condena qualquer medida arbitrária que vá contra os pilares do comércio internacional. Assim, repudia a conduta adotada pela entidade americana

 

Da Redação.

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