11/11/2021 às 10h49min - Atualizada em 11/11/2021 às 13h42min

Falta de boi para abate faz preço da arroba disparar

O preço da arroba do boi gordo vai se recompondo de forma acentuada, segundo a agência Safras & Mercados. Nesta quarta (10) ela saltou de R$ 278,00 para R$ 293, tendo como referência a praça paulista. De acordo com a Safras & Mercado, referência em São Paulo subiu R$ 15 por arroba, passando de R$ 278 para R$ 293, maior valor registrado na quarta (10).

O analista de mercado Fernando Iglesias, de Safras & Mercados, afirma que “nada mais é que um reflexo da rápida diminuição da oferta de animais terminados, prontos para o abate, nas principais regiões produtoras do país”.

Ele afirma que os frigoríficos definiram escalas de abate mais curtas e tiveram que ser agressivos no mercado aumentando os valores pela arroba. O analista lembra, no entanto, que isso não significou movimento similar.

Para ele, “outro aspecto a ser considerado é que ainda há importante volume de carne bovina estocada em câmaras frias. Sem uma perspectiva de retomada das compras por parte da China, é possível que a indústria frigorífica disponibilize essa carga nos meses de novembro e dezembro, período que conta com maior apelo ao consumo, o que tem potencial para produzir nova inversão dos preços do boi gordo, mesmo no período de maior demanda no ano”.

Segundo o clipping da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) “de acordo com a Safras, em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 293 na modalidade a prazo, contra R$ 278 na terça-feira (9). Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 280, contra R$ 265. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 289, ante R$ 277. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 260, contra R$ 253 no fechamento anterior. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 290 por arroba, ante R$ 280”.

No atacado, os preços ficaram estáveis. Iglesias diz que “é importante reforçar que os preços da carne não acompanham o movimento de alta do boi gordo no físico, com um movimento tímido de recuperação até o momento. Somado a isso, precisa ser mencionada a situação dos frigoríficos exportadores, que mantém grande volume de proteína animal estocada em câmaras frias, aguardando o recredenciamento da carne bovina por parte da China, situação que até o momento não aconteceu”.

O clipping acentua que, desta forma, “o quarto dianteiro seguiu com preço de R$ 20,40 por quilo. O quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 13,30 por quilo, e a ponta da agulha seguiu com preço de R$ 13 por quilo”.


Da Redação.

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