As importações de fertilizantes pelo Brasil atingiram em agosto um recorde mensal, acima de 5 milhões de toneladas. O aumento foi de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da StoneX.
A consultoria explicou que muitos produtores estão optando por adubos de menor concentração de nutrientes, como o SSP (super simples) e o NP, por serem mais baratos que o MAP, que tem alta concentração de fósforo. No porto, o MAP custa US$ 730 por tonelada, contra US$ 190 do SSP.
Como os produtos mais baratos têm menos nutrientes, os agricultores precisam comprar mais volume para manter a produtividade. Isso ajuda a explicar a alta nas importações, em um momento de preparação para a safra 2025/26.
O Brasil importa 85% dos fertilizantes que consome. No setor de nitrogenados, também cresce o uso do sulfato de amônio no lugar da ureia. Especialistas dizem que os custos elevados na China, grande exportadora, limitaram a oferta de MAP e influenciaram a mudança.
De janeiro a junho, as entregas de fertilizantes no país somaram 20,14 milhões de toneladas, alta de 10,5% sobre 2024.