A exportação de carne de frango do Brasil pode chegar a 5,2 milhões de toneladas em 2025, segundo projeção da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume representa uma queda de até 2% em relação ao recorde do ano passado, quando o país embarcou 5,295 milhões de toneladas.
O recuo está ligado à demora da China e da União Europeia em retomar compras após um caso de gripe aviária registrado no Rio Grande do Sul, em maio. O Chile também mantém restrições, mas deve anunciar a reabertura do mercado ainda nesta semana, informou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Segundo ele, se China e União Europeia voltarem a importar, o Brasil pode reverter a queda e encerrar o ano em alta. Só a China, maior destino da carne de frango brasileira, costumava comprar de 40 mil a 50 mil toneladas por mês.
Apesar das restrições, a receita com exportações deve se manter estável em relação a 2024, quando o setor faturou quase US$ 10 bilhões. De janeiro a julho deste ano, o resultado acumulado já soma US$ 5,6 bilhões, 1,5% acima do mesmo período anterior.
No mercado interno, a produção deve atingir novo recorde de 15,4 milhões de toneladas, acompanhada de alta no consumo per capita, que pode chegar a 47,8 quilos em 2025. A ABPA também prevê expansão da suinocultura, com exportações de até 1,45 milhão de toneladas no ano.
