Milho: exportações aceleram, colheita avança no Brasil e preços se recuperam em Chicago

Confira a projeção do milho

- Da Redação, com Safras & Mercado e Notícias Agrícolas
19/08/2025 09h07 - Atualizado há 1 dia
Milho: exportações aceleram, colheita avança no Brasil e preços se recuperam em Chicago
Foto: reprodução

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil embarcou 3,1 milhões de toneladas do cereal nos 11 primeiros dias úteis de agosto, volume que representa mais da metade de todo o registrado no mesmo mês de 2024, que foi de 6 milhões. A média diária chegou a 284,2 mil toneladas, avanço de 3,1% frente ao ano passado. O preço médio pago pelo milho brasileiro também subiu, de US$ 192,70 para US$ 205,10 por tonelada, elevando o faturamento parcial para US$ 641 milhões contra US$ 1,1 bilhão em todo agosto de 2024.

Segundo o analista Vlamir Brandalizze, a demanda mundial está acima da oferta em 2025, o que abre espaço para o Brasil manter o bom ritmo de vendas externas. Ele ressalta ainda que os principais clientes brasileiros diferem dos norte-americanos, o que garante mercados consolidados para o produto nacional.

No campo, a colheita da safrinha 2025 atingiu 84,2% da área plantada no Centro-Sul até a última sexta-feira (15), de acordo com levantamento da Safras & Mercado. O índice supera a média dos últimos cinco anos, de 84,7%, mas está abaixo do mesmo período do ano passado, que era de 95,3%. Entre os estados, Mato Grosso já colheu 98,3%, Mato Grosso do Sul 84,5% e Goiás 68,9%. No Paraná, a colheita está em 77,7%, enquanto em Minas Gerais chega a 40,6% e em São Paulo, 49,3%. Na região do Matopiba, os trabalhos alcançam 94,6% da área de 1,28 milhão de hectares, com a Bahia já concluída e Maranhão, Piauí e Tocantins acima de 90%.

No mercado internacional, a Bolsa de Chicago encerrou a segunda-feira (18) com o milho em alta, em movimento de recuperação técnica após quedas registradas no início do pregão. O avanço foi apoiado pela valorização do petróleo em Nova York, mas limitado pela perspectiva de safra recorde nos Estados Unidos, além da ampla oferta global e demanda ainda fraca. As exportações semanais norte-americanas somaram 1,05 milhão de toneladas até 14 de agosto, abaixo das 1,52 milhão da semana anterior e das 1,21 milhão do mesmo período de 2024.

No fechamento, o contrato de setembro caiu 0,19% para US$ 3,83 por bushel, enquanto dezembro avançou 0,30% e ficou em US$ 4,06 ½ por bushel.


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