O fechamento de contratos da laranja para a safra 2025/26 segue em ritmo lento, de acordo com levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Citricultores ainda aguardam maior movimentação da indústria, que tem preferido ajustar os valores no mercado spot e acompanhar as condições de oferta e demanda antes de definir novos acordos.
Pesquisadores do Cepea lembram que, em anos anteriores, grande parte dos contratos era assinada no primeiro semestre. Em 2025, no entanto, o processo está sendo postergado, influenciado pela safra tardia, pela queda nos preços após março e, mais recentemente, pelas incertezas geradas pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos.
Embora o suco de laranja brasileiro tenha sido excluído da sobretaxa de 40% aplicada pelos EUA, subprodutos essenciais para a cadeia, como óleos essenciais e células cítricas, continuam sujeitos a uma tributação de 50%, o que aumenta a cautela no setor.